ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O candidato a prefeito de Taboão da Serra José Vicente Buscarini (PV), da coligação PV-PP-PHS-PRTB-PMN-PRP, prometeu um “choque de gestão” e auditoria nos contratos da prefeitura contra o que chamou de “caos na saúde”, durante caminhada no domingo (4) no Parque Pinheiros. Ele disse que a abordagem da Guarda Municipal para medir o som de carro da campanha foi um ato de “truculência” do prefeito e candidato à reeleição Fernando Fernandes (PSDB).
Buscarini entregou o plano de governo e criticou a atual administração. “O plano é uma síntese do que pretendemos fazer, mas basicamente estamos focados na saúde, educação, segurança e na questão do jovem. Os jovens hoje não têm espaço, a saúde está um caos, nunca se viu tantos desmandos. Na educação, não tem vaga, há escolas com quatro períodos. Taboão sempre esteve à frente das cidades vizinhas, hoje é uma das piores cidades para se viver”, disse.
Ele prometeu marcação de especialidades em três dias e consulta em um mês. “Encontramos uma pessoa que precisa de dermatologista, tem problema na perna e não consegue agendar, são seis meses [para agendar]. Se a prefeitura não tem médico, que pague para uma clínica, faça convênio. Se colocar pessoas que querem trabalhar e ter planejamento, vamos diminuir o tempo [de espera], até chegarmos a 72 horas [para agendamento] e 30 dias para retorno”, disse.
Ele disse que a gestão de unidades de saúde pela organização privada SPDM dependerá do serviço prestado. “Sou um homem que respeita todos os contratos, o que faço e fiz no passado é antes de qualquer mudança analisar. Eu quero rever todos os contratos, ver onde podemos melhorar, diminuir custos. Respeito todos, eles [prestadores de serviço] entraram numa licitação. Agora, tem que respeitar o governo, se tem que me colocar 30 médicos, vai colocar”, disse.
Buscarini disse que terá uma linha direta com a população. “Para saber, na hora, qualquer tipo de desvio e desmandos na saúde. Será um canal direto no gabinete do prefeito, não passará nem pelo secretário”, disse. Indagado sobre mortes no Antena sob suspeita de negligência, disse que Fernando “não fiscaliza ninguém, está largado”. “Ele sabe que não tem médico, não tem nem remédio para pressão. O prefeito é o grande responsável pelo caos na saúde”, afirmou.
Ele foi recebido por uma moradora indignada com os políticos. “Na hora que precisa, está todo mundo na nossa porta. Quando ganha, adeus”, disse Maria dos Anjos, 66, que não coloca placa de candidato em casa. “O meu voto é secreto.” Ela reclamou ainda que “Taboão é tão esquecido que o imposto é o mais caro e não temos nada”. Buscarini disse que quando prefeito “o imposto era barato, e fazia muito”. “Se quer mudar, vote no Buscarini, velho de guerra”, falou.
Buscarini falou, furioso, sobre o incidente no dia anterior, na Kizaemon Takeuti. “Eu não culpo a GCM, culpo o secretário [Gerson Brito]. Ele está nos perseguindo, a cidade no caos que está na segurança, mandou três viaturas, três motos e 15 homens para medir o som do carro da nossa caminhada, e a maioria dos GCMs sem identificação do nome. É covardia! A culpa é de quem manda no secretário, é do prefeito, que é truculento, até porque é cunhado, né?”, disse.