Geraldo se lança a prefeito e reprova fechamento de maternidade e educação

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O deputado estadual e ex-prefeito Geraldo Cruz (PT) lançou a candidatura à prefeitura de Embu Artes em convenção no domingo (31), no ginásio de esportes da escola Valdelice Prass, no Parque Pirajuçara. Geraldo, que administrou Embu por dois mandatos consecutivos, reeleito, de 2001 a 2008, fez críticas à saúde e à educação do governo Chico Brito (sem partido, ex-PT) ao reprovar o fechamento da maternidade da cidade e a má qualidade na rede municipal de ensino.

Ao lado do pré-candidato a vice, Geraldo lança sua candidatura à Prefeitura de Embu das Artes
Ao lado do pré-candidato a vice Sargento Ruas (PTB), Geraldo lança a candidatura a prefeito com seis partidos

“Eu quero dizer para a população de Embu que vai voltar a nascer os filhos de Embu na maternidade de Embu das Artes, e se um dia precisar reformar, nós não vamos fechar as portas, não”, disse Geraldo. Chico fechou a única maternidade da cidade para reforma em junho e pegou de surpresa as moradoras, que estão sendo obrigadas a dar à luz em outras cidades. Ele diz que o fechamento temporário é necessário, mas é criticado por falta de planejamento.

Geraldo disse também que alunos do ensino fundamental em Embu não estão recebendo educação de qualidade. “Eu estive conversando com professoras da rede municipal e elas me disseram que as crianças do terceiro ano não sabem ler e escrever. Não podemos admitir isso”, criticou. “Geraldistas” reprovam a gestão do secretário Paulo Vicente dos Reis, a quem acusam de ser personalista e não dialogar com educadores e a comunidade escolar ao tomar decisões.

Além de criticar o governo Chico, ex-aliado que deixou o PT para apoiar Ney Santos (PRB) a prefeito, Geraldo alfinetou opositores e sugeriu que há quem pague pessoas para estarem presentes nos eventos políticos que promovem. “Aqui ninguém veio por dinheiro, as pessoas que aqui estão vieram por amor, amor a uma causa nobre, pela construção de um sonho, de uma cidade feliz. O que importa para nós é a coragem que vocês têm de estar do lado do bem”, disse.

Aclamado, Geraldo disse ter orgulho de sua trajetória e mirou o rival na disputa. “Esse grupo aqui não quer ganhar a eleição a qualquer custo, amedrontando, mentindo. Quer ganhar respeitando a população de Embu, falando a verdade, mostrando a sua história com orgulho. Tenho certeza de que todos os que estão aqui têm orgulho da sua história, tem gente que quer disputar a eleição e nem pode contar a história dele”, disparou, em alusão a Ney, que foi presidiário.

Candidato a vice-prefeito, Sargento Ruas (PTB), com 20 anos na Polícia Militar, associou a sua vida ao filme “Gladiador”. “Eu comparo a minha vida à vida do general Maximus, que retornou à Roma para libertá-la dos tiranos, malfeitores e corruptos. Eu me vejo junto com Geraldo Cruz para libertar essa cidade dos tiranos, corruptos e dos marginais que se instalaram na Câmara de Vereadores e na prefeitura”, disparou, em nova estocada em Ney e em grupo que o apoia.

Geraldo se lançou à sucessão municipal, mas está sujeito a ter a candidatura impugnada por ter sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo pelo uso indevido de jornal de Embu do qual era um dos proprietários na campanha eleitoral em 2014 – a Justiça julgou que os textos publicados conferiram maior destaque a Geraldo “do que a qualquer outro candidato” a deputado à época. Ele recorre no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Cerca de 3 mil pessoas participaram da convenção. Além dos pré-candidatos e apoiadores, estiveram presentes os vereadores João Leite, Doda Pinheiro, Edvânio Mendes, os três do PT, e Dra. Bete (PTB), presidentes municipais dos partidos coligados e o deputado estadual Zico Prado (PT). PT, PTB, Solidariedade, Pros, PPS e PC do B oficializaram 80 candidatos a vereador – as coligações serão Solidariedade (25 candidatos), PTB-Pros (29), e PT-PPS-PC do B (26).

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