Pedro Valdir diz que Chico ‘falhou’ sobre maternidade e critica Geraldo e Ney

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

O vereador de Embu das Artes e pré-candidato candidato a prefeito Pedro Valdir (PSD) afirmou que “faltou gestão” ou a gestão do prefeito Chico Brito (sem partido) “foi falha” para fechar a maternidade municipal para uma reforma e que as obras de recuperação deveriam ter sido executadas antes. Embora parlamentar, que tem a obrigação de fiscalizar o funcionamento dos equipamentos públicos e pedir ou cobrar providências, ele alegou que não podia se “meter”.

Pedro Valdir disse concordar em “fechar para reforma”, que o prefeito mostrou até ofício do Ministério Público Federal, apesar de ele ter sido enviado antes da medida e não exigir reforma. Ele alegou que a Câmara não recebeu pedido para checar o prédio, como se precisasse ser provocada a fiscalizar. “Como cidadão, se minha esposa tivesse uma criança, eu ia querer que estivesse aberta, mas é uma decisão administrativa, como Legislativo não podemos nos meter”, disse.

Pedro Valdir (em pé) ao criticar gestão da saúde do governo Chico Brito e dizer ser a 'mudança de verdade'
Pedro Valdir (em pé) ao criticar gestão da saúde do governo Chico Brito e dizer ser a ‘mudança de verdade

Instado a falar como pré-candidato a prefeito, como se apresentava, Pedro Valdir criticou o governo Chico. “Se eu fosse o prefeito, teria feito a reforma anteriormente. A gestão foi falha. Mas não posso também acusar o governo, ele tomou a providência de viabilizar todas as maternidades da região, avisando que aumentaria a demanda por um tempo, que ia precisar de vagas para moradoras Embu, não posso ser leviano. Mas que faltou gestão, faltou”, afirmou.

Ele disse ter na equipe especialistas em várias áreas e na saúde, o médico Jânio Costa, presidente do PHS de Embu, que foi mais enfático contra o modelo da gestão municipal. “A cidade em que a OS [empresa] administra a saúde, a secretaria perde a função, o secretário não é nada, fica só como fantoche. O prédio da maternidade está em má situação porque a OS não administrou, não viu antes [o problema], não olhou de forma adequada”, criticou Jânio.

Sobre a pré-candidatura, ele discordou ser um “ilustre desconhecido”. “Sou vereador, sempre tive voto em todos os colégios de Embu, mesmo nas duas vezes em que perdi [a eleição]. Hoje a população de Embu como do Brasil quer mudança, eu reprsento a mudança. O governo aqui está 16 anos no poder, Embu precisa experimentar o novo, a única candidatura inovadora é a minha, sou um homem novo, meu mandato de vereador foi muito bem”, disse.

Pedro Valdir disse ter conseguido mais de R$ 2 milhões para o município em emendas parlamentares. “Não foram convênios com o governo federal. E as emendas são de todos os partidos, não só do PSD. Eu tenho apoio de vários deputados, federais e estaduais, também de vários partidos, o que significa que não temos uma linha unilateral, trabalhamos com composição e diálogo com todos os setores. O diferencial nosso está aí”, afirmou o vereador.

Pedro Valdir negou se lançar pela possibilidade de Ney Santos (PRB) e Geraldo Cruz (PT), alvos de processos na Justiça Eleitoral, terem a candidatura impugnada. “Eu tenho compromisso com as pessoas [apoiadores]. Eu era pré-candidato [a prefeito], aí o atual vice-prefeito [Nataniel Carvalho ‘Natinha’] veio atrás de mim e falou coisas que, na realidade, foram conto da carochinha. Nosso agrupamento se reorganizou e continuou a campanha”, lembrou.

“Independente de candidato A ou B estar ou não impugnado, nós iríamos sair candidato. O nosso agrupamento tem condição de ganhar as eleições, estamos na rua, e a população quer renovação, não quer candidato A ou B, quer o C. Nós somos a terceira via, os eleitores de Embu sempre reclamam: ‘Não temos alternativa’. Estamos dando alternativa, somos um grupo coerente, totalmente novo. O poder para ser dinamizado não podem ter sempre os mesmos”, afirmou.

O VERBO questionou que o adversário Ney poderia usar o mesmo discurso de “renovação” por nunca ter sido prefeito ou vice. “A diferença é que nossos partidos não estão agregados ao poder, as outras candidaturas representam sempre as mesmas pessoas que sempre estão no poder, são ligadas ao governo municipal ou ao governo estadual. Não fazemos discurso, mostramos a realidade. Ele [Ney] é discurso. Nós, a prática, somos diferentes”, afirmou.

Indagado sobre Chico ter dito sair do PT para apoiar Geraldo e também Ney, mas não ter o apoio do prefeito, embora também da base do governo, Pedro Valdir desdenhou. “É uma questão pessoal dele. Minha candidatura não depende do apoio do governo”, respondeu. Ele aproveitou intervenção de um assessor e usou a mesma fala: “Eu me sinto privilegiado”. “Esse é um dos motivos para eu vim com o Pedro”, disse o presidente do PSL, Bira Madelena.

“A gente tá cansado, o PT está aí 16 anos, não fez porra nenhuma. Desculpa falar assim, mas é revoltante. O outro nem mora aqui, é morador de coração, mas mora em Alphaville”, disparou Bira, sobre Geraldo e Ney. Procurados pelo VERBO, prefeitura, PT e Ney não se manifestaram. As afirmações de Pedro Valdir e aliados foram feitas no último dia 7. Nesta quarta-feira (20), convenção na Câmara oficializou Pedro Valdir e Jânio como candidatos a prefeito e vice.

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