Cats erra outro pênalti, sofre 3 a 0 e torcida cobra ‘raça’; presidente desabafa

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Diante da torcida, que pediu “raça”, e outro pênalti não convertido, o Cats-Taboão da Serra perdeu para o Desportivo Brasil por 3 a 0, no estádio José Feres – com Edílson Capetinha em campo -, no sábado (7), pela quarta rodada do Campeonato Paulista da quarta divisão. Com a derrota em casa, a segunda seguida na competição, o time desperdiçou a chance de subir uma posição e parou em quatro pontos e quinto lugar – fora dos quatro primeiros que se classificam.

No primeiro tempo, o Cats foi dominado nos 15 minutos iniciais, quase viu o adversário abrir o placar, equilibrou a partida, mas, só depois de o goleiro Luís Carlos se esticar em difícil defesa, o time teve chance real de gol, apenas aos 29. O lateral direito Lucas entrou na área e chutou cruzado, mas a bola passou rente a trave. Dois minutos depois, o Desportivo teve nova grande oportunidade em arremate pela direita, mas parou em atleta do Cats, que foi ao chão.

Perdendo (1 a 0), Paulo Ricardo chuta mal, mas para 2 atletas do Cats, que furam; Edílson leva mãos à cabeça

Em outra subida do Desportivo, o centroavante Wellington deu bonito giro, deixou dois zagueiros para trás e por pouco não invadiu a área do Cats. Mas em seguida, aos 37, o também veloz e habilidoso Ailton recebeu livre na frente e só tocou na saída precipitada do goleiro de Taboão, quando um companheiro chegava para dar combate na entrada da área: 1 a 0. A torcida perdeu a paciência e cantou que “tem que ser homem pra jogar no Taboão”, além de gritar “raça”.

Pressionado, o Cats tentou responder com Dudu, que tocou para trás para Edílson na marca do pênalti. Mas Capetinha chutou no canto do goleiro, que defendeu. Na sequência, Paulo Ricardo pegou firme da intermediária, mas a bola passou rente ao travessão. Depois, de novo o camisa 11 chutou, torto, mas encontrou na pequena área Carlos e Lucas, que erraram a bola, para desespero de Edílson, que levou às mãos à cabeça, aos 47, no último lance da etapa inicial.

Na volta do intervalo, o Cats se lançou ao ataque. Logo aos 2 minutos, Edílson, mais avançado, recebeu passe na meia direita diante da área, mas isolou – e pediu desculpas em direção ao banco. Aos 6, Carlos subiu mais que a zaga em cobrança de escanteio, mas testou por cima do travessão, em rara vantagem do Cats em jogada aérea. Ao lado do VERBO, um torcedor assíduo do Cats comentou, espantado, sobre “a baixa estatura dos jogadores neste ano”.

Mais de 10 minutos depois, por ironia, o baixinho Edílson foi quem subiu e cabeceou, mas, não especialista na jogada, desviou à esquerda do gol em novo erro de pontaria lamentado pelo time. O Cats explorava o importante lado esquerdo da equipe, neutralizado, porém, na primeira etapa. Aos 22, o lateral Lucas lançou na área, a bola passou pelo capitão do Desportivo e foi em direção ao canto oposto do gol sem o arqueiro alcançar, mas saiu caprichosamente.

Sem confiança por não empatar, o Cats passou a atacar no desespero e ceder contra-golpes ao Desportivo, que viu que podia matar o jogo. Aos 33, Aílton, livre no bico da pequena área, testou firme no chão: 2 a 0. Aos 39, atacante do Cats se antecipou e foi derrubado na área. Lucas bateu não tão no canto, e Renan defendeu, no quarto pênalti perdido em três jogos. Cabisbaixo, o time ainda viu Anderson avançar pela direita e cutucar na saída do goleiro: 3 a 0, aos 46.

Lucas bate pênalti, mas goleiro salta para lado direito e espalma; Cats perde quarta penalidade em 3 jogos
Postagem – que depois apagou – de Anderson e o presidente no intervalo ainda à espera de virada do Cats

“Nós vínhamos de uma semana muito forte, trabalhamos bastante”, comemorou Anderson, autor do terceiro gol, antes de ser interrompido, hostilizado por um torcedor do Cats. Acompanhada de amigos, a mulher do técnico do Desportivo gostou dos comandados de Odirlei Maurer. “Um bom time, marcou bem, jogou bem. Estou muito feliz”, disse Carolina Rocha, 36, moradora de Embu, que em meio à torcida adversária incentivou a equipe do marido sem chamar atenção.

Do lado do Cats era só frustração, inclusive de mães entre apenas 200 torcedores na véspera do Dia das Mães. “O Cats não está jogando nada. Não entendo muito de futebol, mas talvez falte garra, o outro time tinha pelo menos isso”, disse Adriana Gomes, 39. O presidente Anderson Nóbrega, que sonha levar o Cats à série A3, postou no Facebook na noite de sábado que se “deve saber o tempo certo de continuar um projeto ou deixar para trás todos os sonhos”. Depois, ele apagou o desabafo.

FICHA TÉCNICA
Cats-Taboão da Serra 0 x 3 Desportivo Brasil
Cats-Taboão da Serra > 1. Luis Carlos / 2. Lucas (15. Matheus) / 3. José Matheus / 4. Carlos (14. Vinícius) / 5. Eduardo / 6. Rafael / 8. Lucas / 9. Caio / 10. Edílson Capetinha (18. Felipe) / 11. Paulo Ricardo / 20. Diego – Téc.: Axel
Desportivo Brasil > 1. Renan / 2. Glauco / 3. Higor / 4. Luis Guilherme / 5. Luiz Gustavo / 6. Paulo Henrique / 7. Emerson / 8. Gebson / 9. Wellington / 10. Edson / 11. Ailton – Téc.: Odirlei Maurer

Gols: 11. Ailton (Desportivo Brasil) – 37min do 1º tempo / 11. Ailton (Desportivo Brasil) – 33min do 2º tempo / 17. Anderson (Desportivo Brasil) – 46min do 2º tempo

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