Moradores têm arte e esporte com projeto cultural no Jd. Ísis Cristina em Embu

Especial para o VERBO ONLINE

ANA PAULA TIMÓTEO
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Centenas de famílias se reuniram na tarde de sábado (16) no Jardim Ísis Cristina, em Embu das Artes, para aproveitar um dia inteiro dedicado às atividades culturais e esportivas para todas idades. Pela manhã e início da tarde o público foi contemplado com oficinas de desenho, leitura, pintura, artesanato, aulas de futebol, capoeira, grafite, entre outras. A segunda parte teve apresentações de dança, música, saraus, teatro e a atração mais esperada, o cinema ao ar livre.

Crianças assistem a peça ‘Dengue: o fim da picada continua’ com a ‘presença’ do Aedes em orientação lúdica

A rua Francisco Rodrigues Adriano foi fechada e no lugar dos carros os moradores circulavam livremente e curtiam todas as atrações oferecidas pelo projeto “Cultura na Comunidade”. As crianças, a maior parte do público presente, participaram de todas as atividades, fizeram fila para se divertir na cama elástica, que era a brincadeira mais disputada pela garotada de todos tamanhos. A população aprovou e espera que a ação aconteça novamente no bairro em breve.

“Eu trouxe os meus dois filhos, de 9 e 3 anos, estão adorando. Viemos de manhã, e eles brincaram no pula-pula e de jogar bola, fomos para casa almoçar e agora voltamos de novo”, comentou a dona de casa Franciele Chagas, 21. “Tá maravilhoso, é a primeira vez aqui. As crianças estão se divertindo”, contou a dona de casa Tânia Machado, 45. “É uma pena que os meus netos não estão aqui, vou esperar ter de novo pra trazer eles”, falou o pedreiro Cláudio Pinto, 67.

A peça teatral “Dengue: o fim da picada continua”, representada pelo grupo Renovarte Produções Culturais, ensinou através da encenação as formas de prevenção e combate ao Aedes Aegypti, o mosquito transmissor de doenças como chikungunya e o zika vírus, além da dengue. “A criança vê ludicamente e repete em casa. Esses eventos são muito importantes, nos apresentamos para um público que tem menos acesso ao teatro”, disse a atriz Meire Moraes, 45.

As oficinas de grafite também chamaram muito a atenção do público e serviram principalmente para mostrar a diferença entre o desenho nas paredes da cidade e as pichações. “As pessoas não conhecem muito o grafite, tem mais é pichação. Por isso que a gente vive de fazer projetos sociais, para mostrar a nossa arte”, disse o grafiteiro William Silva, 28, morador de Taboão da Serra. As atividades foram realizadas com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Pequenos brincam no projeto que leva a periferia atrações como cinema, grafite, teatro, esporte, sarau, dança

Desde o começo do ano, o projeto “Cultura na Comunidade”, em 16 edições já realizadas, atendeu vários bairros de Embu, preferencialmente na periferia, como na favela Dois Palitos, no Jardim da Luz, Jardim Ângela e Santo Eduardo. Vários escadões foram pintados e transformados, por exemplo. No Ísis Cristina, a expectativa era de atender ao longo do dia cerca de 800 pessoas. “É muito legal para as crianças, bem interativo”, disse a comerciante Michele Oliveira, 25.

O secretário da Cultura, Alan Leão, falou sobre a importância de facilitar o acesso à cultura ao levar eventos culturais aos bairros mais asfaltados do centro do município. “Eu defendo esse tipo de atividade porque a prefeitura não consegue estar em todos os lugares, em todas as comunidades com centros implantados. Aqui no Ísis Cristina não tem núcleos de cultura e essas atividades itinerantes atendem as crianças e os jovens dessa região”, disse Alan ao VERBO.

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