Acusado por Ney, Geraldo diz que vereador atirou contra equipe; rival nega

Especial para o VERBO ONLINE

ANA CAROLINA RODRIGUES
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Uma briga entre colocadores de placas de boas festas de pré-candidatos às eleições em Embu das Artes acirrou ainda mais os ânimos entre Ney Santos (PSC) e Geraldo Cruz (PT), que nutrem rivalidade na disputa pela prefeitura apesar de o pleito ocorrer só em outubro de 2016. Ney acusou equipe do deputado de agir com violência. Geraldo rebateu que o vereador o envolveu de “forma mentirosa” e foi ao local com carro oficial da Câmara, armado e atirou nos funcionários.

A confusão ocorreu na madrugada do último dia 18 na estrada Jerusalém, esquina com Baviera, no Jardim São Marcos. À noite, Ney publicou nota no Facebook em que disse “repudiar” a atitude da “oposição” de destruir suas placas e que “já pela segunda vez” tinha a equipe “agredida na rua”, sem citar o episódio. “Repudiamos qualquer ato de violência, como os que estão praticando as equipes do deputado Geraldo Cruz, Paulinho da Solidariedade e Léo Novais”, disse.

Pré-candidatos a prefeito Ney Santos e Geraldo Cruz, que trocaram acusações sobre briga de equipes de rua

À tarde do dia seguinte, Geraldo publicou no Facebook nota em que afirmou que sua equipe “não colocou nenhuma faixa de Feliz Natal [na] cidade”, nem “ninguém da minha assessoria usa de violência contra os cidadãos”, e que de “forma mentirosa envolveram meu nome”. “As faixas estão sendo colocadas pelos meus amigos e companheiros, que sabem da minha trajetória política no município”, disse ele, sobre Paulinho, presidente do Solidariedade de Embu.

“O funcionário do Solidariedade que estava colocando as faixas […] foi agredido pelo vereador que é presidente da Câmara de Embu na estrada de Jerusalém, esquina com a Baviera, que chegou ao local com o carro oficial da Câmara de Embu, desceu do veículo com uma arma de fogo nas mãos, discutiu com os trabalhadores e disparou um tiro contra eles, segundo o BO (boletim de ocorrência) nº 4397/2015, registrado na delegacia de Embu das Artes”, reagiu Geraldo.

“Felizmente, o tiro não acertou, e o rapaz passa bem. Senão este fato serviria para aumentar o número de moradores de Embu que são brutalmente assassinados todos os dias”, continuou o deputado, que disse não precisar “usar de violência para defender” ideais de Embu. Conforme apurou o VERBO, Geraldo não mandou fazer placas de saudação de fim de ano, o material em que aparece com Paulinho da Solidariedade foi iniciativa do aliado, como diz o deputado.

Também citado por Ney, o pré-candidato a vice-prefeito de Geraldo, Léo Novais, igualmente fez nota de esclarecimento no Facebook, no domingo, e disse que não mandou colocar “nenhuma faixa de Natal na cidade” e que “jamais seria conivente com qualquer tipo de violência” de sua equipe. Ele afirmou apoiar Geraldo “por seu passado digno na cidade e seu currículo exemplar na política, sempre lutando pelo povo por uma feliz cidade, contra o crime e a corrupção”.

Contatado pela reportagem, Paulinho da Solidariedade confirmou que a equipe colocava placas na ocasião e também a briga. Ele contou que, diante da confusão com o grupo adversário, assessores avisaram Ney e ele, depois de poucos minutos, apareceu no local no carro da presidência da Câmara, um Cruze preto, e com arma de fogo em punho. Ainda segundo o líder partidário, após discussão, Ney sacou a arma e fez um disparo que, por sorte, não atingiu ninguém.

Em nota à imprensa, Ney negou as acusações. “Estou sendo acusado publicamente pelo deputado, que em sua página oficial diz que eu agredi os seus colaboradores, e ainda absurdamente menciona que eu estava armado e que efetuei um disparo de arma de fogo na direção deles. Registraram um boletim de ocorrência com este falso relato, para tentar nos prejudicar politicamente. Mas as providências já estão sendo tomadas pelo nosso departamento jurídico”, rebateu.

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