Governo Alckmin fechará EE Alípio e nenhuma mais na região, aponta Apeoesp

Especial para o VERBO ONLINE

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Nos municípios da região, uma escola estadual fechará as portas, a EE Alípio de Oliveira e Silva, em Taboão da Serra, e nenhuma mais. A informação não é do governo Geraldo Alckmin (PSDB), mas da Apeoesp (sindicato dos professores), que divulgou na sexta-feira (9) o último levantamento sobre a reorganização escolar no Estado. A entidade diz que o dado é “até o momento”, mas bate com anúncio da diretoria de ensino das escolas de Taboão e Embu das Artes.

No total, 155 escolas serão fechadas no Estado, conforme a Apeoesp, que observa que o levantamento é realizado junto às subsedes do sindicato “com informações das próprias Diretorias de Ensino”. Na lista, entre as seis cidades da região no eixo na rodovia Régis Bittencourt, apenas Taboão figura, com a EE Alípio. Se considerada a região do Conisud, Cotia também perderá duas escolas, a EE Pequeno Cotolengo de Dom Orione e a EE Jornalista Roberto Corte Real.

Diretora de ensino Mercês mostra mudança escolar em Taboão; vereadores rejeitam fechamento do Alípio

Manifestantes no protesto contra fechamento da Alípio disseram que a EE Prof. Sara Sanches Russo, no Santa Tereza, em Embu, será fechada. Ainda na semana passada, um militante da Apeoesp discursou também aos alunos da EE Madre Odette de Souza Carvalho, no Jardim Novo Embu, em ato contra a reorganização, que no município a EE Prof. Sara “vai literalmente fechar as portas”, como também a EE Sebastião de Moraes Cardoso, em Itapecerica da Serra.

A diretoria em Taboão, que responde também por Embu, não anunciou o fechamento da EE Prof. Sara. Contatada pelo VERBO, a secretaria da escola informou que, “a princípio, foi essa a conversa [de fechamento] com a diretoria de ensino, mas houve segunda reunião, e ficou acertado que não fechará mais”. Procurada também, a direção da EE Sebastião (com 1.700 estudantes) disse que “temos alunos suficientes para manter ela aberta, a nossa não vai fechar”.

A diretora de ensino de Taboão e Embu, Maria das Mercês Bighetti, reuniu-se com vereadores de Embu na quinta-feira (8) e disse que escolas no município não serão fechadas, mas alunos no ensino médio mudarão de colégio. Segundo o “Linhas Populares”, uma professora relatou que alunos no ensino médio da Madre Odette – que protestava no mesmo horário – choram nas aulas com a mudança repentina e não querem mais estudar devido ao encerramento das turmas.

EE ALÍPIO
À tarde, Mercês se reuniu com vereadores de Taboão e, segundo a assessoria da Câmara, disse que a diretoria vai apresentar duas propostas ao Estado para as escolas José Roberto Pacheco, no Jardim Taboão, e Alípio. Uma é que a EE Alípio transfira os alunos para o Pacheco e seja fechada. A outra é tornar o Alípio uma escola de ensino fundamental e o Pacheco, de ensino médio. A proposta de fechar ou disponibilizar o prédio do Alípio foi rejeitada pelos vereadores.

A diretora de ensino apresentou estudo de que a região do Alípio teria baixa demanda de alunos. Os vereadores contestaram e mostraram dados que comprovariam que o entorno do colégio vai registrar grande adensamento, devido a implantação de empreendimentos de moradia já aprovados. Disseram que a proposta não foi bem recebida pela comunidade escolar e que Taboão precisa de mais escolas estaduais, sendo contra o fechamento do Alípio.

A presidente da Comissão de Educação da Câmara, Joice Silva (PTB), autora do requerimento de explicações à diretoria de ensino, reafirmou que fechar o Alípio é inconcebível. “Não posso falar por todos, mas a maioria dos vereadores quer a manutenção da escola, independente da demanda atual”, disse. Segundo o VERBO apurou, em Embu Mercês deu como certo o fechamento do Alípio, mas deixou incerta a utilização do prédio, não descartando que vire uma creche.

> VEJA AS 155 ESCOLAS QUE SERÃO FECHADAS NO ESTADO DE SÃO PAULO NO LEVANTAMENTO DA APEOESP

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