Eu tinha votos sobrando para aprovar feriado de Santa Terezinha, diz Cido

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Visto como diplomático e conciliador, o presidente da Câmara de Taboão da Serra, Cido (DEM), surpreendeu na sessão retrasada (22) ao cobrar em público o vereador Marcos Paulo (Pros), por protelar parecer sobre projeto de lei que apresentou de feriado do dia de Santa Terezinha. Ele aceitou proposta da Igreja de alterar a denominação da data para vencer resistência da bancada evangélica, mas disse que tinha voto “sobrando” para aprovação da matéria original.

Monsenhor Aguinaldo e Cido mostram lei que cria feriado em 1º de outubro na missa de Santa Terezinha

“Todos têm o direito de expressar sua fé. O monsenhor foi muito claro, muitas vezes, que nós [católicos] não adoramos Santa Terezinha. Adoramos quem ela amou e a quem dedicou a vida, Jesus”, disse Cido, citando monsenhor Aguinaldo de Carvalho, do Santuário Santa Terezinha. “Eu tinha votos para ser aprovado, mas você conhece bem a Câmara… Eu tinha votos suficientes, tinha votos sobrando para aprovar o projeto”, afirmou ele, sem querer precisar o número.

Cido apresentou projeto de lei que criava o feriado de 1º de outubro como dia de Santa Terezinha em março ou abril, como reconhecimento de que “a cidade cresceu ao redor da Igreja Santa Terezinha”. “Estava aguardando os pareceres das comissões. Num dado momento, os vereadores, muitos deles com os nervos à flor da pele, tiveram divergência. Foi quando o monsenhor apresentou a proposta de o feriado ser denominado Amor Misericordioso de Deus”, contou.

Ele concordou, já que Santa Terezinha testemunhou por toda a vida o amor misericordioso de Deus. Perguntou, porém, se mesmo que não fosse feriado da santa atendia ao desejo da Igreja. “O monsenhor, com a humildade dele, disse que sim. A partir daí, as coisas tramitaram de forma rápida, entrou em urgência [na Câmara], o prefeito encaminhou via Executivo”, falou. Quando o padre teve a ideia, no dia 23, Cido dava “murro em ponta de faca” em cobrar o parecer.

Sem a ideia da nova denominação, a aprovação como dia de Santa Terezinha acabaria em dissabor. “É óbvio, como o monsenhor falou na própria Câmara, ele ia sair e saber que ali alguém talvez não estivesse feliz. Essa nova forma veio unir, veio fazer evangélicos e católicos se darem as mãos. Sinto-me com a missão cumprida, teremos um feriado do Amor Misericordioso de Deus, para todos os cristãos. E que cada um possa expressar sua fé da sua maneira”, declarou.

 

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