ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE
Em sessão solene em comemoração aos 138 anos de Itapecerica da Serra, o prefeito Amarildo Gonçalves, o Chuvisco (PMDB), disse na noite desta quinta-feira, dia 14, na Câmara Municipal lotada de lideranças e moradores em geral, que ainda não pôde entregar obras importantes para a cidade, em discurso de “lamentações”, mas garantiu reajuste salarial aos funcionários públicos, e sugeriu que, com mandato “conturbado”, descarta concorrer à reeleição no ano que vem.
“Quando nos candidatamos e assumimos a prefeitura, foi pensando em fazer algo a mais por Itapecerica da Serra. Hoje sabemos que não é fácil, atravessamos momento político e administrativo no país muito difícil, que reflete diretamente em todas as cidades, não é diferente com Itapecerica. Só que Itapecerica, apesar da pequena arrecadação, é uma das poucas cidades do Estado de São Paulo que mantêm suas contas e pagamento de funcionários em dia”, disse.
“Na próxima semana, esta Casa [Câmara] estará recebendo o projeto de lei de reajuste do funcionalismo público da nossa cidade. É uma das poucas cidades da região que vai dar o índice inflacionário, não é ainda o que gostaríamos, mas é o que é possível”, continuou. Nesta sexta-feira, dia 15, o sindicato vai apresentar aos funcionários a proposta de reposição salarial da prefeitura, em assembleia extraordinária, às 18h, na escola Padre Belchior de Pontes (centro).
Na presença da vice Regina Corsini (PSDB), Chuvisco reconheceu que “temos muito o que fazer”. “Temos a questão do anel viário, que melhorar ainda mais a saúde, ainda mais a segurança”, disse. Falou que a cidade “vai continuar crescendo”, mas não no ritmo desejado, quando passou às lamúrias. “Gostaríamos de já ter entregue o ginásio de esportes [reconstruído], os campos de futebol de grama sintética, de ter a licitação na rua do estádio municipal”, disse.
“Mas a questão pública é muito ‘burrocrática’. A gente se sente envergonhado de estar à frente de uma administração e não poder fazer algo mais rápido em benefício da população”, alegou, ao reclamar de que antes de fazer uma obra é preciso abrir licitação e quando se consegue o menor preço a empresa fale e não executa, como teria ocorrido no centro e no Jardim Nissalves . “É justo com a população? De forma alguma. Como não é justo com o administrador.”
Chuvisco informou que, “de um ano para cá”, instalou mais de 2.300 novos pontos de iluminação em vários bairros, “em quase todas as vielas” da cidade, em anúncio de realizações de forma tímida. Ele indicou que não deve concorrer a novo mandato. “Renovações acontecerão, como também na nossa sucessão, não somos eternos”, afirmou. Em reação às críticas de opositores ao governo, ele disse não rebater “por respeito à opinião, e não pela questão de ser frouxo”.
Ele está à frente da prefeitura por força de liminar devido a processo em que em 2012 o prefeito Jorge Costa (PMDB) pediu a estagiários voto em Chuvisco em troca de efetivação no governo do aliado. Ele disse que o mandato – que finda em 2016 – “foi” conturbado, mas politicamente, não administrativamente. “O que estamos passando não diz respeito a mim nem a Regina, muito menos a qualquer ato lesivo à prefeitura, mas por uma reunião feita pelo Jorge Costa”, disse.
Na rápida sessão, em que estava presente o ex-prefeito Manoel de Oliveira (1996), Gerson Lazarin (SDD) representou os vereadores em discurso em que pontuou como deseja que cada secretaria municipal atue e advertiu os críticos que “se querem ajudar não critique ou ofenda, mostre sugestão que é mais viável para melhorias”. O presidente da Câmara, Alex Pires (PSDB), pediu a Deus administradores “que coloquem a cidade no rumo do crescimento e desenvolvimento”.