Chico e Geraldo se encontram em missa em fase de ‘paz e amor’ após ‘guerra’

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Parque Pirajuçara, em Embu das Artes

O prefeito Chico Brito (PT) e o deputado estadual Geraldo Cruz (PT) estiveram juntos na noite deste sábado, dia 11, na missa de 25 anos da Paróquia Cristo Ressucitado no Parque Pirajuçara, em Embu das Artes. Declarados desafetos desde o rompimento no processo das últimas eleições do partido, Chico e Geraldo buscam retomar diálogo para o PT não perder o comando da prefeitura em 2016, após “ordem” de dirigente de peso para que reatem imediatamente.

Chico e Geraldo romperam relações com briga interna para eleição e posterior composição da executiva e do diretório do PT de Embu em 2013, em que os comandados do prefeito acusaram os “geraldistas” de tentar impor a destinação de mais vagas para o grupo na direção do partido apesar de derrotados no processo, enquanto Geraldo denunciou que no chamado PED Chico trapaceou ao utilizar “um instrumento que não podia usar, pediu voto por mensagem eletrônica”.

Chico (de paletó), Geraldo (mãos juntas), Ney, presidente da Câmara (1º esq.), secretário Paulo Vicente (Educação), vereadores Edvânio Mendes, João Leite e Doda Pinheiro na missa no ginásio do Parque Pirajuçara
Chico (de paletó), Geraldo (mãos juntas), Ney, presidente da Câmara (1º esq.), secretário Paulo Vicente (Educação), vereadores Edvânio Mendes, João Leite e Doda Pinheiro na missa no ginásio do Parque Pirajuçara

O racha ficou evidente quando três meses depois, em fevereiro do ano passado, Geraldo realizou evento de prestação de contas de mandato e não contou com a presença de Chico, de nenhum dos vereadores do PT e de partidos da base governista, presidentes das siglas aliadas, secretários e servidores livre-nomeados sob comando do prefeito. A ausência geral foi uma retaliação à declaração de Geraldo de que não reconhecia legitimidade da nova direção do PT de Embu.

O confronto, porém, ficou explícito com outro golpe apenas uma semana depois. Ao inaugurar com pompa creche no Santo Eduardo, Chico não deixou Geraldo discursar, como nunca ocorrera. Em dezembro, Geraldo foi questionado sobre a explicação que deu para o mal-estar. O VERBO disse: “Está querendo convencer o nosso leitor de que o prefeito não deu a palavra ao sr. por não querer cansar os presentes?” Então, ele reconheceu que “temos divergências políticas”.

Outro capítulo da rota de colisão entre ambos foi o barulhento episódio da vaia que Chico teria sofrido por parte de apoiadores de Geraldo em convenção a governador. Em reação, demitiu cerca de 30 servidores ligados ao deputado, mesmo sem terem participado do evento, ao dizer que livre-nomeados vaiarem o prefeito era “desrespeito”. Geraldo reprovou o ato. Em junho de 2014, Chico lançou João Leite (PT) a deputado estadual contra Geraldo e saiu derrotado.

No início da missa, Chico e Geraldo estavam distantes. “Eu cheguei primeiro, não é que sentei afastado, eu já estava sentado”, disse Chico ao VERBO. Depois, ficaram próximos. “Amanhã [neste domingo] tem reunião do diretório do PT. Eu que convidei o Geraldo para sentar do meu lado para ficarmos eu, ele e [o vereador] João Leite organizando o encontro”, falou. O vereador Ney Santos (PSC), neoaliado de Chico, mas adversário de Geraldo, sentou na ponta.

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