Três escolas da região vão virar cívico-militares, e Taboão da Serra não entra na lista; veja mudanças

Colégios estaduais em Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Juquitiba passam a funcionar no novo modelo a partir de agosto, 2% do total de unidades nas 6 cidades

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Alunos em escola cívico-militar; 3 escolas da região funcionarão no novo modelo a partir de agosto, em Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Juquitiba | Marcelo Camargo/GovSP

A região (seis municípios) terá três escolas cívico-militares, a partir de agosto deste ano. A Secretaria Estadual de Educação de São Paulo divulgou oficialmente a lista nesta terça-feira (29). O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) definiu no total 100 escolas em todo o Estado que passarão a ter o modelo. Segundo a gestão estadual, as unidades foram definidas após a realização de três rodadas de consulta pública com 302 comunidades escolares, no ano passado.

O programa será implantado em colégios de 89 cidades, inclusive na capital, Grande São Paulo, interior e litoral, atingindo 50 mil estudantes. Na região, as que se tornarão cívico-militares são a escola Doutor Eduardo Vaz, em Embu das Artes (Jardim Sílvia); a escola Jardim do Carmo, em Itapecerica da Serra; e a escola Bairro das Palmeiras, em Juquitiba. As três unidades representam 2% do total das escolas estaduais da região (135) – Embu (44), Itapecerica (31), Juquitiba (10).

As cidades na região que ficaram fora da lista são São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu e Taboão da Serra – que têm, respectivamente, três, 20 e 27 escolas estaduais. Em Taboão, a vereadora Professora Najara Costa (PC do B) fez oposição ao modelo, inclusive por ocasião da apresentação de um projeto de lei para implantação de escolas cívico-militares na rede municipal de ensino, em fevereiro. Ela se posicionou contra com a palavra de ordem “escola não é quartel”.

Entre as mudanças, as escolas cívico-militares terão PMs da reserva dentro das unidades que atuarão como monitores e coordenadores – pelo menos um por colégio. Os agentes farão parte do “núcleo militar” da escola. No entanto, eles serão subordinados ao diretor. Conforme o regimento interno, os militares não ficarão armados. Segundo o governo, eles vão oferecer atividades extracurriculares, além de ficar responsáveis por garantir um ambiente “organizado e disciplinado”.

Os PMs acompanharão a frequência à escola, inclusive a chegada. “O estudante que chegar atrasado deverá ser identificado pelo monitor militar, devendo ser acompanhado e conduzido por este para a sala de aula”, diz o regimento. Os alunos deverão usar uniforme, com “tarjetas de identificação” com o nome e o brasão da escola cívico-militar, além de hastear a bandeira do Brasil, cantar o hino nacional todos os dias e bater continência às “autoridades da instituição”.

Os alunos terão ainda regras comportamentais. Eles não poderão namorar, usar piercing, “risquinho” na sobrancelha, cabelos coloridos. Os meninos serão orientados a cortar o cabelo com nuca e laterais raspadas. As meninas, a manter o cabelo preso em coque, trança ou rabo-de-cavalo. Para controle das normas, no início do ano, eles receberão “cinco créditos”, que serão descontados a cada infração. Depois, terão punição verbal, mudarão de turma, e até de escola.

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