Av. Aprígio tem 3 óbitos na semana; acidente em cruzamento aberto com municipalização mata casal

Marido e mulher bateram em ônibus parado em semáforo considerado perigoso por ficar após curva na ex-BR; Taboão fechou 2024 com 18 vítimas fatais, alta de 12,5%

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Carro colide contra ônibus na avenida Aprígio altura de cruzamento considerado perigoso; coletivo estava parado à espera de semáforo abrir; casal no veículo morreu | Semutrans

A avenida Aprígio Bezerra da Silva (antiga Régis Bittencourt), em Taboão da Serra, voltou a ser palco de tragédias na última semana. No dia 6, domingo, um casal morreu após o carro em que estava bater em um ônibus. Na quinta-feira (10), um motoqueiro perdeu a vida após acidente com um caminhão. Segundo dados oficiais, Taboão contabiliza duas mortes no trânsito neste ano. Com os novos casos fatais, deve amargar cinco óbitos apenas até o início de abril.

Era início da madrugada, pouco depois de 0h30, quando o Prisma colidiu com violência na traseira do ônibus intermunicipal (Viação Pirajuçara), na avenida Aprígio – parte do capô entrou debaixo do veículo de passageiros. Guilherme Silva Polinário, de 31 anos, e a esposa Jenifer Alani Silva Polinário, de 30, ficaram presos às ferragens. Ele foi socorrido à UPA Akira Tada, mas já chegou em óbito. Ela foi atendida no Hospital Geral do Pirajuçara, mas também não resistiu.

De acordo com uma testemunha, o carro estava em alta velocidade e chegou a frear por vários metros antes de se chocar contra o ônibus. A colisão foi na avenida Aprígio altura do número 80 (em frente à fábrica Tristil). O coletivo estava parado quando foi atingido, à espera de o semáforo abrir. Implantado pelo governo Aprígio (Podemos) com a municipalização da Régis, o cruzamento é considerado perigoso, mesmo com sinalização, por ficar após ponto de curva na via.

Ao desenvolver velocidade desde a entrada da cidade, mesmo com limite de 60 km/h, os motoristas são pegos de surpresa com a fila de carros parados no semáforo ao não terem visão da pista à frente, principalmente os não familiarizados com a nova via, com paradas por conta dos cruzamentos. O prefeito Engenheiro Daniel (União) já anunciou que tem a intenção de eliminar a travessia no local, por não considerar essencial. Mas disse que antes vai consultar a população.

No outro caso letal, um homem de 42 anos morreu após a moto que conduzia ser atingida por um caminhão na avenida Aprígio na altura do antigo km 273,5 da Régis, em frente ao “Posto 19”, no Jardim Salete. Era por volta de 5h50 da manhã. A vítima sofreu traumatismo craniano e teve o óbito constatado na via. O acidente foi diante de outro cruzamento aberto com a municipalização. Porém, o prefeito tem a intenção de manter a travessia no local, por orientação técnica.

Enquanto deve registrar cinco mortes em apenas pouco mais de três meses no ano, segundo o Infosiga (sistema de registro de acidentes no Estado), Taboão fechou 2024 com 18 óbitos no trânsito, aumento de 12,5%, já que em 2023 computou 16. No dia seguinte ao da morte do motoqueiro, ao falar a pais de alunos durante entrega de uniforme na escola municipal Darcy Ribeiro, no Jardim São Judas, o prefeito disse que a cidade “enfrenta uma triste realidade” com a nova avenida.

“Eu sei que a questão da municipalização, dos faróis facilitou muito a vida de muitos moradores aqui da região do São Judas, e fico feliz com isso. Mas a gente precisa ter mais responsabilidade, fiscalizar mais, para não acontecer o que aconteceu ontem. Um pai de família saindo para trabalhar, por uma imprudência até mesmo distração, perdeu a vida dele”, disse Daniel. No ano passado, um entregador de moto morreu atropelado na via. Até hoje, o motorista não foi preso.

comentários

  • Precisa fazer uma fiscalização na rua Vicente Leporace pois aqui ninguém respeita a faixa de pedestre muito perigoso para as crianças que atravessa poita ouve muito assistentes EOS carros ando é alta velocidade como motos e caretas e os ônibus também.

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