Embu das Artes teve alagamentos, deslizamentos e quedas de árvores devido à chuva intensa que caiu na região neste domingo (2). Bairros afastados do Centro que registram transtornos a cada temporal voltaram a sofrer as consequências da tempestade, mas a região central também entrou no radar de danos. O caso mais grave, porém, foi o soterramento de uma área na periferia. Famílias ficaram desalojadas e foram abrigadas em uma escola temporariamente.
Logo na entrada da cidade, a avenida Elias Yazbek, no Centro, ficou alagada de forma intransitável e teve a queda de um poste junto com uma árvore após um barranco ceder. Um ônibus com passageiros passava pelo local e por pouco não foi atingido. Na praça central, outra árvore, de grande porte, caiu – arrancada pela raiz – sobre a estrutura de dois restaurantes bastante frequentados nos fins de semana. Os estabelecimentos estavam fechados. Ninguém se feriu.
No Jardim Vista Alegre, moradores da rua Ribeirão Tapera tiveram as casas invadidas pela água. Também no bairro, o muro de uma empresa (Daisa) desabou na avenida Hélio Ossamu Daikuara, mas ninguém se machucou. Mais adiante, em direção ao Centro, a via virou um rio na rotatória sob a rodovia Régis Bittencourt. Ali próximo, em ponto recorrente de enchente, a BR-116 no km 276 ficou debaixo d’água. Já o Ísis Cristina teve uma queda de barreira – sem vítimas.
A situação mais alarmante ocorreu no Jardim São Francisco (região do São Marcos). Um deslizamento de terra atingiu um imóvel na rua Cambará. A Defesa Civil retirou os moradores – inclusive um bebê – antes e evitou uma tragédia. Um casal sofreu ferimentos leves. Um cachorro foi soterrado, mas foi resgatado e recebeu atendimento – teve as patas quebradas. Vinte famílias ficaram desalojadas. Dez foram abrigadas na escola Valdelice Prass, no Parque Pirajuçara.
O prefeito Hugo Prado (Republicanos) auxiliou na ocorrência no Jardim São Francisco. Durante o dia, ele decretou “situação de emergência” na cidade para, segundo ele, facilitar a tomada de “ações imediatas para minimização dos impactos das fortes chuvas”. Mas, junto com o prefeito Ney Santos (Republicanos) nos últimos quatro anos, quando era vice-prefeito, Hugo não destinou nenhum recurso do orçamento municipal contra enchentes e deslizamentos.
VEJA RETIRADA DE FAMÍLIAS ANTES DE DESLIZAMENTO E RESGATE DE CACHORRO SOTERRADO NO JD. SÃO FRANCISCO EM EMBU