Daniel recebe do governo Aprígio ‘herança maldita’ de R$ 46 milhões de dívida com a TaboãoPrev

Na gestão passada, prefeitura deixou de repassar à previdência dos servidores a contribuição patronal de julho a dezembro de 2024 e o 13º salário dos funcionários

Especial para o VERBO ONLINE

Em 11 de novembro, Aprígio e Junior recebem Daniel e Adelço para iniciar transição - quatro dias depois de deixarem de repassar 4ª contribuição seguida à Taboãoprev | Divulgação

O prefeito Engenheiro Daniel (União) iniciou o mandato (2025-2028) já com uma dívida milionária da prefeitura com a TaboãoPrev, a autarquia previdenciária do município de Taboão da Serra. De acordo com a nova administração, o governo Aprígio (Podemos) deixou de repassar ao órgão a contribuição patronal dos meses de julho a dezembro de 2024 e ainda o 13º salário dos servidores efetivos. O rombo (saldo devedor) totaliza R$ 46 milhões (R$ 46.117.336,11).

Inadimplente, a prefeitura fica impedida de retirar certidão de regularização previdenciária, o que impossibilita Taboão de receber recursos federais e formalizar convênios e contratos de financiamento a fundo perdido. A má gestão dos então secretários Wagner Eckstein Junior (Administração) e Antonio Rodrigues (Fazenda) em não fazer o repasse patronal devido ao fundo de previdência dos servidores foi abordada em novembro pelo VERBO, no programa “Roda de Fogo”.

A falta de repasse por cinco meses (fora dezembro) gerou mais de 70% do rombo. Em julho de 2024 (vencimento em 7/8), a gestão Aprígio deixou de pagar à TaboãoPrev R$ 6,5 milhões (R$ 6.517.158,32). Em agosto (venc. em 6/9), R$ 6,6 milhões (R$ 6.628.813,61). Em setembro (venc. em 7/10), R$ 6,5 milhões (R$ 6.578.902,10). Em outubro (venc. em 7/11), R$ 6,5 milhões (R$ 6.528.089,10). Em novembro (venc. em 6/12), R$ 6,5 milhões (R$ 6.585.117,21) – total de R$ 32.838.080,34

Para contornar uma das “heranças malditas” do governo Aprígio, Engenheiro Daniel enviou à Câmara de Vereadores, em regime de urgência, o projeto de lei que estabelece o parcelamento dos débitos – de julho a novembro de 2024 – em até 60 prestações mensais, iguais e sucessivas. A proposição foi aprovada por unanimidade em sessão extraordinária dois dias depois da posse do prefeito e dos vereadores, no dia 3. A lei 2.494/2025 foi sancionada na mesma data.

Antes de enviar à votação, no dia 2, Daniel, com os secretários Adelço Büher (Administração) e Paulo Silas (Governo), reuniu os vereadores para esclarecer e mostrar a importância da aprovação do projeto, além de outros dois – criação de novos cargos e secretarias (lei complementar 410/2025), e do Sistema de Avaliação Anual de Desempenho Individual (SAADI) e de Prêmio de Incentivo à Qualidade e Produtividade (PIQP) no Serviço Público Municipal (LC 409/2025).

“Agradeço aos vereadores por quebrarem o recesso parlamentar e aprovarem os projetos de leis que encaminhamos. Essa ação será fundamental para colocarmos em prática nosso plano de governo. Nosso objetivo maior é mudar a realidade dos taboanenses e a história desta cidade”, afirmou Daniel. Em novembro, Aprígio e Junior receberam Daniel para iniciar a transição, mas, segundo um membro das reuniões, não esclareceram a dívida à equipe do prefeito.

VEJA O TOTAL DA DÍVIDA DA PREFEITURA DE TABOÃO DA SERRA COM A TABOÃOPREV

Fonte: “Imprensa Oficial de Taboão da Serra”

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