Aprígio tem uma filha, primogênita, que não quis assumir, relata mulher que afirma ter sido namorada dele

Segundo ela, o hoje prefeito de Taboão disse que não ia dar o sobrenome a 'isso', ao se referir à menina, que hoje tem 48 anos e busca reconhecimento de paternidade

Especial para o VERBO ONLINE

Aprígio, que tem uma filha que não quis reconhecer, dar o sobrenome, segundo mulher que assegura ter tido relacionamento com ele, na juventude, nos anos 1970 | Divulgação

EXCLUSIVO. José Aprígio da Silva, o Aprígio (Podemos), prefeito de Taboão da Serra, tem uma filha não reconhecida, que não quis registrar, recusou dar o sobrenome. A menina, atualmente com 48 anos, é a primeira filha de Aprígio, nascida seis anos antes da considerada mais velha do empresário e político de 73 anos – Samara. É o que relata a mulher, hoje com 70 anos, doméstica aposentada, que afirma ter tido um relacionamento com Aprígio.

O VERBO encontrou a mulher, debruçado sobre o caso há mais de um mês. Nascida no interior da Bahia, ela – que pediu para não ter o nome revelado – chegou a São Paulo em 1974 e passou a morar em Taboão, no Jardim Roberto (Pirajuçara), próximo ao Sílvio Sampaio, onde Aprígio se instalou ao vir de Alagoas, dois anos antes, em 1972. Com uma irmã residente no bairro, ela passou a ir a um pequeno bar no local com outros jovens, entre eles Aprígio, quando o conheceu.

O ano já era 1975. Após Aprígio se tornar amigo de um cunhado dela, a mulher e ele iniciaram o namoro. “Logo eu engravidei dele, uns três meses depois”, diz. Ela contou a novidade, mas, por cautela, falou que achava que estava grávida. “Ele não falou nada. Ficou quieto”, lembra. Mas pouco depois confirmou. Aprígio teria constatado. Mesmo assim, teria ficado desconfiado. “Ele mandava um amigo me vigiar, na feira, na esquina, para ver se minha barriga estava crescendo”, recorda.

Aprígio teve a confirmação da gravidez pelo “olheiro”, mas alegou que ia trabalhar em Santos (litoral) – era pedreiro. “Ele sumiu. Mas era mentira, ele estava aqui em São Paulo”, diz. Ela ficou desamparada do terceiro ao sexto mês de gestação, quando foi atrás de Aprígio. “Como eu sabia onde ele morava, com a irmãs dele, fui lá, com meu irmão de 9 anos. Quando bati na porta, elas, gêmeas, me receberam. Uma virou e falou: ‘Não acredito que você está grávida dele’. Eu falei: ‘Tô'”, conta.

Aprígio estava em casa, ainda segundo a namorada. “Ele estava no banho. Quando saiu, ele me viu, e não falou nada. Ele veio me trazer em casa. E aí falou por que eu fui lá. Falei: ‘Você não aparece'”, lembra. Ela não foi mais procurada por ele nos últimos 2 meses de gravidez. E deu à luz a menina, sem a presença e apoio de Aprígio, que não a acompanhou nem no hospital. Abandonada, ela mandou o irmão garoto entregar a Aprígio um bilhete de que a filha dele tinha nascido.

“Ele demorou 15 dias para ver ela. Veio, viu ela no berço. Não falou nada. Só olhou”, diz a mulher. Aprígio passou a ir à casa da namorada “de oito em oito dias”, semanalmente, até ser cobrado sobre a responsabilidade de pai. “Eu falei do registro. Aí ele falou que não dava o nome [sobrenome dele] a ‘isso’, ao olhar para ela [deitada no berço]. Eu entrei em choque, porque falar isso para o filho, para uma criança!”, lembra, em misto de espanto e dor. A menina era negra.

Com a recusa de Aprígio, a mulher registrou a filha, sem comunicar a ele. “Não mostrei o registro, e ele não perguntou se ela foi registrada, e nada. E ele começou a vir [voltar] a minha casa. Mas só para sexo! Eu despertei. Falei [pensei]: ‘Não. Me usar?! E não deu o nome para ela! De repente, eu engravido [de novo]. Ter outro filho?! Não!’. Quinze dias depois, ele voltou e falou: ‘Quer dizer que você não me quer?’ Eu falei: ‘Desse jeito, não! Para sexo, não!’. Ele foi embora, e até hoje”, declara.

Aprígio, pai com 24 anos, manteve contato com a filha que renega apenas no fim dos anos 1990, mas apenas para oferta de dinheiro e de bem material – nunca quis assumir a primogênita, nascida em 25 de abril de 1976. Após resistir pelo desprezo do pai, a filha hoje busca o direito ao reconhecimento do “genitor”, como se refere a Aprígio, até em defesa da “dignidade” da mãe. A mulher, mãe aos 21 anos, sempre trabalhou para sustentar a filha e a criou sozinha, com muito “aperto”.

OUTRO LADO
O VERBO buscou falar com Aprígio. Procurado em 26 de novembro na prefeitura, ele não estava e não retornou ao recado deixado com a secretária. Este portal falou com o irmão Valdemar Aprígio, mas foi em vão. Oliveira Aprígio, outro irmão, solicitado a falar sobre o assunto, não respondeu – ele esteve com a suposta filha de Aprígio, a sobrinha, em 2023. Luzia Aprígio também disse que ia avisar o marido, mas ele não entrou em contato. Aprígio teve a filha antes de conhecer Luzia.

VEJA A ENTREVISTA COM A MULHER QUE AFIRMA TER UMA FILHA FRUTO DE RELACIONAMENTO COM APRÍGIO

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