ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, no Jardim Trianon, em Taboão da Serra
A mãe da jovem de 25 anos que morreu no Pronto-socorro Antena, em Taboão da Serra, na segunda-feira dia 9, questiona a causa apresentada para a morte da filha e diz que “acharam” diagnóstico irreal para ocultar negligência médica. A cuidadora de idosos Rosemeire Souza Manfrim foi atendida com febre alta e dor de cabeça, recebeu injeções e teve dor nas pernas, mas foi encaminhada para dermatologista e não resistiu na terceira vez que foi levada o PS.
A Secretaria Municipal de Saúde relatou edema agudo de pulmão um dia após a morte da jovem. “Eles acharam uma causa, porque antes de darem esse laudo falaram que a Rosemeire estava ótima, que não tinha nada, o coração dela estava bom, o rim estava bom, tudo dela estava bom. Eles queriam simplesmente uma causa e colocaram lá, dizendo que é edema pulmonar. Foi erro médico”, disse a diarista Janalúcia Manfrim, a Jane, mãe de Rose, como era chamada.
“Deram três injeções nela sem fazer exame para saber o que tinha. Isso não é certo!”, disse a mãe na missa de sétimo dia, neste domingo. Na noite desta segunda-feira, dia 16, ao receber o VERBO em sua casa, no Jardim Record, Jane voltou a questionar a causa morte e recordou o primeiro atendimento. “O médico disse para minha filha: ‘Você não quer sarar? Para ficar boa tem que tomar injeção’. A partir daí, teve dor nas pernas e quase não andava”, contou.
Rose retornou ao PS no domingo dia 8 para ter o resultado para o sangue colhido. O mesmo médico atendeu e disse que a jovem “não tinha nada” e que só ia ser possível explicar a febre e a dor pelo corpo “passando no dermatologista”. Não receitou mais nada apesar dos sintomas. “Ela passou duas vezes no médico e não mandaram tirar uma chapa. Ela não estava tossindo, não estava resfriada, não tinha peito cheio, não tinha nada”, disse Jane ao questionar causa morte.
Com o resultado, a jovem queria ir ao Hospital das Clínicas, “para saber o que tinha, já que ninguém falava nada” no PS. “Estava desesperada, eles [médicos do PS] nem olham para sua cara, só sabem dar injeção”, disse Suelen Manfrim, irmã. “Se eu tivesse levado ela [ao HC], estava viva. Essa é a minha culpa”, disse Jane, cabisbaixa. “Minha filha era nova, era a caçula, muito inteligente, tinha força de vontade, era muito alegre. É muita revolta”, disse Devair Manfrim, o pai.
Nesta terça-feira, dia 17, familiares e amigos de Rose prometem ir à sessão da Câmara dos Vereadores protestar por “justiça” na morte da jovem. “Venho comunicar que amanhã [hoje] sera o dia do protesto sobre o falecimento da Nossa Guerreira, vamos lutar contra esse governo de mentiras e impedir que mais erros médicos aconteçam e matem nossos familiares e amigos por negligência e mal atendimento”, avisa a amiga da família Karine Santos pelo Facebook.
Ja ha alguns anos estamos com problemas de negligencia no atendimento publico do ps Antena. Acho que já esta na hora de termos uma solução para este caso, pois este Pronto Socorro citado, tende a ser o unio da região. Moradores dos bairros a sua volta, estão procurando alternativas de pronto atendimento devido ao descaso das autoridades em investigar as causas de falecimento pós-medicação na unidade.
Deixo aqui minha indignação de munícipe que sou a 35 anos.