Adolescente que matou professora em SP tinha sido transferido de escola estadual em Taboão no dia 6

Estudante de 13 anos que assassinou a facadas Elisabeth Tenreiro, de 71, e feriu mais 5 pessoas foi alvo de BO por ameaça na E.E. José Roberto Pacheco, no Pazzini

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Professora de educação física Cintia (dir.), que imobilizou o aluno agressor na escola na Vila Sônia; jovem tinha sido transferido de colégio em Taboão | Fernando Frazão/Ag. Brasil

O adolescente de 13 anos que matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro e feriu outras cinco pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia (zona oeste de São Paulo), na manhã desta segunda-feira (27), é de Taboão da Serra e tinha sido transferido de um colégio estadual na cidade, a E.E. José Roberto Pacheco, no início do mês. Uma funcionária do colégio no Pazzini chegou a fazer um boletim de ocorrência contra o jovem por ameaçar atacar a escola.

No BO, o adolescente é descrito como uma pessoa de perfil agressivo. A funcionária relatou que o jovem vinha tendo um comportamento suspeito nas redes sociais, “postando vídeos comprometedores, por exemplo, portando uma arma de fogo e simulando ataques violentos”. “O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp e alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, diz trecho do boletim.

O BO, por fim, diz que os responsáveis pelo adolescente foram convocados à escola José Roberto Pacheco e informados pela direção de que providências seriam tomadas. O boletim foi feito no dia 28 de fevereiro. Em entrevista coletiva, o secretário estadual de Educação, Renato Feder, disse que o jovem foi transferido da escola em Taboão em 6 de março – apesar do perfil e do comportamento hostis, a única providência teria sido mudar o estudante de colégio.

A Secretaria Estadual de Educação não informou se o adolescente tinha algum acompanhamento especial por parte da escola. Ele estava no 8º ano do ensino fundamental. Também na entrevista, o secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite, confirmou que o autor dos ataques foi transferido do colégio em Taboão por ter histórico de violência. A pasta de Educação confirmou que o aluno tinha se envolvido em uma briga com um colega na sexta-feira (24).

A diretora da escola tinha conhecimento da briga entre os estudantes e iria conversar com os envolvidos na manhã desta segunda, ainda segundo a pasta. O entrevero, no entanto, ainda não havia sido registrado na “Plataforma Conviva” (Placon), sistema em que os profissionais de educação devem notificar as ocorrências escolares. De acordo com a secretaria, contudo, as escolas têm um prazo de sete dias para registrar os casos de conflito na comunidade escolar.

O adolescente usou uma máscara de caveira ao realizar o ataque. O delegado Marcus Vinicius Reis, da 34ª Delegacia (Vila Sônia), na qual o caso é investigado, disse que a polícia apreendeu uma arma de air soft e outra máscara na casa do agressor. Por volta das 15h30, 33 pessoas já haviam prestado depoimento. Às 16h, o autor do ataque seguia na delegacia. Ele deve ser encaminhado à Vara da Infância da Juventude e depois seguir para internação na Fundação Casa.

O adolescente matou Elisabeth, de 71 anos – que lecionava ciências -, com facadas pelas costas. Uma das professoras feridas, Ana Célia Rosa, seguia internada estável durante a tarde, após ser operada. As docentes Jane Gasperini e Rita de Cássia Reis e dois alunos foram socorridos e tiveram alta. O agressor foi imobilizado pela professora de educação física Cintia Barbosa. A polícia investiga se o jovem teve ajuda de algum adulto. A escola ficará fechada por uma semana.

comentários

  • Tudo poderia ter sido evitado se as autoridades tivessem tomado providências cabiveis, inclusive na transferência descrito os motivos os quais ele estava sendo transferido para que a outra instituição tomasse conhecimento e ficasse alerta, assim como informado ao conselho Tutelar de Taboão da Serra, se é que não foi comunicado e tambem foi negligente. Creio que tanto os pais, como muitos foram negligentes, facil transferir o filho, não comunicar o motivo, uma forma de se esquivar da sua responsabilidade como pais que deveriam ter buscado ajuda entes do fato consumado.

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