O presidente eleito da Câmara de Taboão da Serra, André Egydio (Podemos), ironizou as tentativas fracassadas dos vereadores aliados do prefeito Aprígio (Podemos) – seis – que perderam a disputa pela presidência da Casa e depois sofreram derrotas na Justiça, ao tentarem anular a escolha da mesa-diretora para 2023-2024, a mando de Aprígio. Em “troco” aos governistas, o “grupo dos 7” articulou para não votar o orçamento municipal na terça-feira (20).
A lei orçamentária (LOA) não foi colocada na ordem do dia, para votação. O presidente Carlinhos do Leme (PSDB) abriu a sessão muito próximo às 12h. Mesmo sem pedido de suspensão do intervalo regimental, os trabalhos em plenário foram paralisados ao meio-dia. Como o grupo que passou a ser maioria na Casa, incluído Carlinhos – que foi atacado pelos vereadores “do” prefeito na eleição da mesa-diretora -, não retornou, a sessão foi encerrada automaticamente.
O orçamento não ter sido posto em votação, a poucos dias do fim do ano, não é um ato normal e evidencia que a maioria dos sete – Celso Gallo (Republicanos), Marcos Paulo (PSDB), Érica Franquini (PSDB), Ronaldo Onishi (DC), Nezito (Republicanos), além de Carlinhos e Egydio – está bastante insatisfeita com a postura do grupo (esfacelado) de seis vereadores e de Aprígio, que escolheu como candidata Joice Silva (PTB), mesmo com Egydio sendo do Podemos.
Primeiro, os aliados do prefeito – Anderson Nóbrega (MDB), Alex Bodinho (PL), Sandro Ayres (PTB), Enfermeiro Rodney (PSD), Luzia Aprígio (Podemos), além de Joice – tentaram obstruir a todo custo a eleição do presidente da Casa ao saber que iam perder. Depois, ingressaram na Justiça em Taboão sob a alegação de que o processo foi “ilegal ou abusivo”. Tiveram liminar negada. Foram ao Tribunal de Justiça de São Paulo para pleitear novo recurso. Também perderam.
O orçamento deve ficar parado se não for votado na terça-feira (27). O Executivo teria de usar somente um doze avos da receita anterior. Mantido o quadro, Aprígio deve enfrentar sérios revezes com a nova mesa diretora, a partir de janeiro. Ele piora a própria situação. Acusou o próprio Gallo por exonerar os comissionados do vereador. Já Egydio tem só uma “preocupação”. “Vamos pedir música no ‘Fantástico'”, disse ao VERBO, sobre as três derrotas do grupo do prefeito.