Terreno não é prioridade e Aprígio deveria acabar obras paradas, critica Buscarini

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Terreno da antiga Niasi que Aprígio deverá comprar para instalar nova sede da prefeitura; prefeito deveria investir nas obras paradas, diz Buscarini | Google/Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O vice-prefeito José Vicente Buscarini (PSD) criticou a decisão do prefeito Aprígio (Podemos) de comprar o terreno da antiga Niasi (centro) para ser a nova prefeitura – o imóvel fica a apenas 300 metros da atual sede da administração municipal. Aprígio teve aprovado na Câmara dos Vereadores pedido para contrair empréstimo de R$ 60 milhões para adquirir a área e mais R$ 10 milhões para reformar as instalações. Buscarini disse que a medida não é prioridade.

O terreno é um dos mais valorizados de Taboão, com cerca de 47 mil m2 e 17 mil m2 de área construída. Aprígio justifica a necessidade de reunir as secretarias em um mesmo local para facilitar o acesso da população aos serviços e economizar ao deixar de pagar aluguel de prédios usados pela prefeitura, em torno de R$ 300 mil por mês. Ele irá obter os R$ 70 milhões junto à Caixa Econômica Federal. O empréstimo ficará para os próximos prefeitos pagarem.

Buscarini que teve a iniciativa de contatar o VERBO para expor a decisão de Aprígio de adquirir o terreno para abrigar a nova sede da prefeitura. Solicitado a opinar, ele reprovou. “Não é prioridade. Deveria investir nas obras paradas”, afirmou. O prefeito abandonou a construção da UBS Laguna e do novo Ser (serviço de fisioterapia), a reforma do Centro de Referência da Saúde da Mulher e a ampliação do Centro de Especialidades, além do Complexo da Mulher.

Em julho, em entrevista exclusiva a este portal, Buscarini criticou a posição de Aprígio de paralisar as obras iniciadas pelo ex-prefeito Fernando Fernandes (PSDB). “Eu lamento. Obra pública, quando você interrompe, perde muito dinheiro e a população sofre. O prefeito deveria se debruçar e criar um grupo de trabalho para resolver essas pendências”, disse, ao se referir a eventual problema de projeto ou abandono das construções por empreiteiras.

Buscarini indicou que Aprígio não sabe governar e não tem pulso. “Falta gestão, sim. Falta comando, sim. E falta uma equipe que assessore o prefeito de forma a dar a ele as condições para que consiga retomar as obras. Se tem questões técnicas, não tenho conhecimento, por não me darem essa informação, mas falta, sim – uma palavra até um pouco forte -, personalidade. O governo não tem cara, não tem atitude, e quem sofre é a população”, afirmou.

“É uma pena, [Aprígio] está perdendo a grande oportunidade de mostrar, primeiro, capacidade administrativa. E, segundo, que é capaz de melhorar a vida dos munícipes. Eu só tenho que lamentar, essa é a grande verdade”, completou Buscarini. Na terça-feira, 20 de setembro, fará um ano que Aprígio rompeu com o vice e o expulsou do governo. Ele disse que Buscarini tramava para que fosse derrubado do cargo, mas admitiu que agiu por “ouvi dizer”.

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