ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo
A partir desta sexta-feira (9), as máscaras de proteção contra a covid-19 deixam de ser obrigatórias no transporte público de São Paulo. O anúncio foi divulgado nesta quinta-feira pela prefeitura da capital e pelo governo do Estado, em conjunto, após recomendação do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde (antigo Comitê Científico). Decretos sobre a medida serão publicados nos Diários Oficiais municipal e estadual.
O uso da máscara só permanece obrigatório no Estado em hospitais e serviços de saúde. Nos trens da CPTM e do metrô, além dos ônibus, agora é opcional, embora siga recomendado. Segundo o Conselho Gestor, a recomendação é que grupos vulneráveis – como idosos (a partir de 60 anos), pessoas com comorbidades e imunossuprimidas – continuem utilizando a proteção facial. Estadual, a medida vale também para o transporte municipal das cidades.
O infectologista David Uip, secretário estadual de Ciência em Saúde, justificou que o Estado atingiu índice vacinal “fantástico” contra o coronavírus e protegeu a população, principalmente contra casos graves. “Como consequência, as internações e óbitos despencaram. Isso nos dá a segurança necessária para a flexibilização do uso de máscaras neste momento, mas seguiremos atentos, monitorando os dados epidemiológicos de forma constante”, disse.
No entanto, o Estado registrou mortes por covid-19 por três meses seguidos. Após 849 óbitos em abril, notificou 1.061 em maio, 1.623 em junho e 2.037 em julho. O balanço de agosto não foi divulgado. Desde março, o uso de máscara em ambientes fechados deixou de ser obrigatório em todo o Estado, com exceção do transporte público e locais como hospitais, laboratórios e UBSs. Agora, a obrigatoriedade só será exigida nos equipamentos de saúde.