Mãe processa prefeitura por filho queimado de cigarro; criança autista tem piora

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Aluno de escola da prefeitura de Taboão com rosto com ferimento por queimadura de cigarro causado por funcionária na EMI; família quer reparação | Record TV

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A família da criança de 5 anos autista que foi queimada no rosto com cigarro por uma funcionária de EMI em Taboão da Serra dentro da escola vai entrar na Justiça contra a prefeitura e a Secretaria de Educação por negligência no atendimento ao aluno. A mãe não foi avisada sobre o ferimento na face do filho pela direção da unidade escolar nem pela pasta e só soube ao perguntar para o menino. Ele teve piora no quadro de autismo em decorrência do fato.

O VERBO revelou o caso na segunda-feira (5), após ser procurado pela mãe da criança. “Ele é autista, tem 5 anos. Foi para a escola e voltou para casa com o rosto queimado de cigarro por uma funcionária que estava fumando na escola. Um absurdo, e nem sequer me informaram. Só fiquei sabendo porque o meu filho falou”, contou Cecília Lourenço. A funcionária teria queimado o aluno durante esbarrão no estacionamento, mas não podia fumar no local.

Cecília voltou a falar com a reportagem nesta quarta-feira (7) e comentou sobre ir à justiça. “Já entrei. Tenho uma advogada”, disse. A defesa vai buscar que a prefeitura seja responsabilizada civilmente pelo ocorrido com a criança e que recorrerá até o Supremo Tribunal Federal se for preciso. A mãe não foi informada se a diretora estava na EMI na hora do incidente. “Ela não sabe, nem avisada foi [da queimadura]”, afirmou Leila Rachid, advogada da família.

O menino passou a ficar inquieto – ele estaria se agredindo. “Está bem agitado devido ao ocorrido. Ele não entende o que aconteceu. Como é autista, ele reage dessa forma”, disse a mãe. O caso foi noticiado pelo “Fala Brasil” (Record). Na falta de zelo do poder público, os próprios pais devem fiscalizar. Cecília falou que as escolas não dão suporte para crianças “normais”, que dirá para a especial. “Não me sinto segura, vou ter que acompanhar mais de perto”, disse.

OUTRO LADO
Este portal voltou a procurar a administração sobre o fato – “como o governo Aprígio recebe a disposição da família de ir ao Judiciário contra a Secretaria de Educação e o estado da criança em decorrência do caso?”. A gestão não respondeu. Na segunda-feira, a reportagem tinha questionado como aconteceu de o aluno ter sido queimado com cigarro, por que a secretaria não comunicou a mãe, e sobre providências. O governo Aprígio também ignorou.

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