ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo
O Estado de São Paulo começa nesta segunda-feira (6) a aplicar a quarta dose da vacina contra covid-19 nas pessoas com 50 anos ou mais e profissionais da saúde, segundo diretriz do Ministério da Saúde. Os municípios poderão usar para a imunização as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, conforme a disponibilidade nas unidades de saúde, independente da dose anterior. A nova dose de reforço pode ser aplicada após quatro meses da terceira dose.
A Secretaria Estadual de Saúde disponibilizará novos lotes de vacina neste início da semana, conforme solicitação dos municípios e também de acordo com o envio de mais imunizantes por parte do ministério. Ou seja, os moradores da região devem aguardar o anúncio da vacinação pelas prefeituras. Até então, a segunda dose de reforço anticovid-19 estava autorizada apenas para pessoas a partir dos 60 anos de idade e os imunossuprimidos de 18 anos ou mais.
A cidade de São Paulo aplica a quarta dose contra a covid-19 para os novos públicos-alvos já a partir desta segunda-feira. Somente na capital, cerca de 1,5 milhão de pessoas pode reforçar a imunização contra a doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo contemplado pelas novas etapas de vacinação contra o coronavírus é composto por 943 mil moradores entre 50 e 60 anos e aproximadamente 600 mil profissionais da área de saúde.
A ampliação do público-alvo para a quarta dose ocorre quando o Brasil enfrenta – após flexibilizações nas medidas de prevenção – uma elevação no número de casos e internações pela covid-19. Contudo, o número de mortes não tem tido a mesma alta. Neste domingo (5), o país registrou 12 mortes nas últimas 24 horas, 667.056 vítimas no total. A média móvel nos últimos 7 dias é de 80 óbitos, variação de 17% a menos em duas semanas – quadro de queda.
Em todo o Estado de São Paulo, 87% do público-alvo tomou pelo menos duas doses da vacina. No caso de crianças de 5 a 11 anos, o índice é menor, 60,36%. Na terça-feira (31), 2,7 milhões de pessoas não tinham retornado aos postos de vacinação para tomar a segunda dose. No caso da terceira dose ou a primeira de reforço, cerca de 10 milhões já poderiam ter se imunizado, mas não voltaram. No caso da quarta dose, o contingente é de 3,3 milhões de atrasados.