ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Itapecerica da Serra
O secretário de Planejamento e Meio Ambiente, Gilberto Pascom Junior, e o secretário de Governo, Renato Rainha, de Itapecerica da Serra, foram exonerados pelo prefeito Francisco Nakano (PL), na sexta-feira (10). As demissões ainda não foram divulgadas oficialmente pelo Executivo. Conforme o VERBO apurou, apesar de as dispensas terem acontecido em um mesmo dia, Pascom pediu para deixar o governo, enquanto Rainha foi mandado embora.
Formado em engenharia civil com especialização em arquitetura, ex-diretor de engenharia na prefeitura e no governo de São Paulo e ex-diretor de engenharia e planejamento na USP, Pascom combatia desmatamentos e invasões de terra (loteamentos clandestinos). Ele teria deixado o governo após pressão de vereadores por reprimir as ações ilegais no município. Segundo fontes do governo, ele pediu demissão por ter sido ameaçado de morte.
Procurado pela reportagem, Pascom, morador de Itapecerica desde 1988, disse que estava em uma reunião e que poderia falar mais tarde. Cerca de duas horas depois, ele disse que ainda não podia se pronunciar sobre a exoneração. Este portal disse ter apurado junto a fontes do governo que o ex-secretário tinha pedido demissão por ter sido ameaçado por combater desmatamentos e loteamentos ilegais. “Como disse, nos falaremos”, respondeu.
Já Rainha, que é radialista, teria sido exonerado por não corresponder em área vinculada à pasta de Governo. “Há uma insatisfação com a comunicação”, disse um membro do governo. O ex-secretário não quis comentar. “Ainda não tem portaria. Prefiro aguardar a portaria, aí falo tranquilamente”, disse ao VERBO. Há expectativa de que Rainha, do partido do presidente da Câmara, Val Santos (Republicanos), aliado de Nakano, ocupe outra pasta.
A reportagem questionou o prefeito sobre as exonerações de Pascom e Rainha, mas Nakano não respondeu até o fechamento desta reportagem. Perguntado se o secretário de Meio Ambiente foi exonerado após pressão de vereadores, o presidente Val também não se manifestou. Um membro do primeiro escalão disse não saber o motivo, mas confirmou as dispensas. “Nem os exonerados falaram. Só se despediram. Na sexta-feira”, comentou.