ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A Escola Armando Vidigal, no Jardim São Marcos, em Embu das Artes, equipamento da prefeitura que atende crianças e adolescentes com deficiência, está “abandonada”, com “graves” problemas de estrutura, denunciou na quarta-feira (20) na Câmara o vereador Abidan Henrique (PDT). Ele disse que a escola tem, por exemplo, paredes com rachadura “de cima abaixo”. O parlamentar já tinha relatado a precariedade da unidade uma semana atrás.
Diante da Armando Vidigal, Abidan publicou no dia 13 um vídeo em que revelou que a unidade está “largada”. “Nesta semana, eu recebi várias denúncias da comunidade escolar dizendo que esta escola está abandonada, completamente largada às traças. São problemas de várias ordens, as paredes têm várias rachaduras, duas salas estão interditadas porque o piso está saindo na mão e o forro também está caindo”, disse, ao mostrar fotos.
Abidan não vistoriou a unidade por ter sido impedido pelo governo Ney Santos (Republicanos). “Vim fazer a minha função de vereador, que é fiscalizar. Aí, pasmem, a Secretaria de Educação pediu uma autorização para mim para que eu pudesse entrar na escola e averiguar todos esses problemas”, afirmou. Ele disse fazer o vídeo para pressionar a secretaria a permitir a vistoria e que os problemas “representam um risco para os alunos”.
Na sessão, em tribuna, Abidan reafirmou o relato sobre as condições da escola. “No dia 1º de outubro, recebi a denúncia da comunidade escolar de que a Armando Vidigal estava abandonada, caindo aos pedaços mesmo. A escola estava com paredes que tinham rachadura de cima abaixo, duas salas interditadas que o teto estava caindo, o chão saindo o piso, os brinquedos, todos enferrujados, a pintura, mofada, o mato, grande”, reforçou.
Abidan acusou mais uma vez que a secretaria – chefiada por Pedro Angelo – barrou de novo a entrada na unidade. “A prefeitura de Embu não deixou eu fiscalizar a escola. Ele pediram um protocolo para que eu pudesse ter autorização para entrar na escola. Com toda calma do mundo, eu fiz o protocolo, e já faz duas semanas que eu não obtive resposta. Estão me impedindo de fiscalizar aquela escola, na minha função de vereador”, informou.
“Eu lhe pergunto: por que será que estão me impedindo de fiscalizar aquela escola? O mais curioso: no dia seguinte ao da minha visita à escola, mandaram alguns [contratados da] frente de trabalho para limpar o mato, para tapear o problema. Mas isso não é suficiente. A Armando Vidigal tem problemas gravíssimos de infraestrutura e também de acessibilidade que podem representar riscos para todas aquelas crianças que estudam ali”, alertou.
Ele disse ainda que após fazer a denúncia muitos pais o procuraram para relatar que a unidade estava mesmo abandonada “e na volta às aulas estavam com medo de levar os filhos àquela escola”. “Embora os profissionais, os professores, sejam atenciosos e comprometidos, a infraestrutura da Armando Vidigal é péssima. Isso é muito grave, mostra o quanto este governo não tem como prioridade a pauta da pessoa com deficiência”, criticou.
“Eu, como vereador, e a comunidade escolar não vamos tolerar que esse tipo de coisa aconteça”, avisou Abidan, que lançou um abaixo-assinado, principalmente, para que a escola seja revitalizada. “Que a Armando Vidigal tenha uma reforma digna para os que ali estudam e os pais que confiam os filhos a estudarem na escola. A pessoa com deficiência merece educação de muita qualidade, merece a melhor escola, e isso não está acontecendo”, afirmou.
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