ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
Primeiro suplente do PSDB, o ativista LGBTQIA+ Wanderley Bressan tomou posse nesta quarta-feira (15) como vereador de Taboão da Serra em que buscou justificar a adesão ao prefeito Aprígio (Podemos) após se dizer “fiel” ao casal Fernandes, o ex-prefeito Fernando e a deputada estadual Analice (PSDB). Ele disse que Aprígio foi “subestimado”, mas, como o VERBO mostrou, o próprio indicou despreparo do prefeito ao reprovar uma pasta.
Bressan usou a própria condição para repelir a postura de pessoas que puseram em dúvida a capacidade de Aprígio de ser prefeito. “Ao invés da vaidade o deixar inoperante, ele foi tomado por um entusiasmo que é contagiante para cuidar desta cidade. É pela humildade do Aprígio, generosidade, guarra, compromisso e vontade de trabalhar para fazer de Taboão uma cidade justa, que posso dizer hoje que faço parte do governo”, disse.
Bressan aproveitou para fustigar Fabio Fernandes, sem porém citar o nome do filho de Fernando – Fabio combateu a candidatura rival, mas foi criticado no grupo governista por “menosprezar” alguns aliados. “Existem aqueles que nasceram em berço de ouro e parece que a humildade e o escutar não faz parte do vocabulário. Existem aqueles que não respeitam a trajetória política de todos nós, que precisamos ter votos para estar aqui”, raciocinou.
“Existe aquele que acha que apenas a questão hereditária é suficiente para achar que é nosso líder político. E ninguém, que tenha voto e trabalho na cidade consegue se referenciar neste tipo de pessoa”, completou Bressan. Nas eleições de 2020, ele obteve 2.171 votos, sendo o 16º mais votado – porém, com grande apoio dos Fernandes, com a visibilidade de ter sido secretário de Cultura, além de ganhar cerca de R$ 400 mil em salário em dois anos.
Bressan alegou que se aliou ao desafeto dos Fernandes pela política não admitir “paixão cega”. “Quando você fica cego por um grupo político, não vai ser só a frustração, é o povo que vai pagar por você estar cego e orientado a torcer pelo ‘quanto pior, melhor’. Mudei. Mudei sim, porque mais importante que qualquer grupo político é a construção de uma cidade mais justa e humana, e que tenha um serviço público de qualidade”, declarou.
“Tenho muito orgulho de estar de volta a esse grupo, que lá atrás me formou politicamente”, enfatizou Bressan, que foi assessor por oito anos do vereador Wagner Eckstein, hoje secretário de Aprígio, e disputou eleição à Câmara em 2012 na coligação de Aprígio a prefeito. Mas, em janeiro, diante de “show particular” de uma passista de escola de samba a Aprígio, ele postou: “O que estão fazendo com a nossa Secretaria de Cultura? Tristes tempos!”
Bressan será vereador por 90 dias – na vaga de Marcos Paulo (PSDB), que pediu licença para ver a filha nascer nos Estados Unidos. Ele prometeu empenho para concretizar propostas que prometeu e ser voz dos coletivos que o apoiaram. Mas já indicou que aderiu em troca de assumir a pasta da Cultura. “Em breve trabalharemos para a retomada de atividades de cultura nos equipamentos de saúde mental!”, falou ao visitar o secretário de Saúde.
BRESSAN INDICA QUE APRÍGIO É DESPREPARADO AO TACHAR GESTÃO DE ‘TRISTES TEMPOS’; ELE APAGOU