ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo
O governador João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (28) a ampliação da capacidade de público presencial e do horário de funcionamento de comércios e serviços não essenciais a partir do próximo domingo, 1º de agosto. Ele justificou a medida com as sucessivas melhoras nos índices de saúde e vacinação acelerada contra o vírus da covid-19. Os estabelecimentos poderão funcionar entre 6h e 0h, com ocupação de até 80% da capacidade.
Apesar do aumento da capacidade máxima de ocupação, hoje em 60%, o uso obrigatório de máscara, respeito a protocolos de higiene e distanciamento mínimo de um metro estão mantidos. O limite de horário de comércios, serviços em geral e espaços religiosos passa de 23h para 0h. O acesso de clientes a shoppings, galerias, lojas de rua, bares e restaurantes deverá ser interrompido às 23h, embora com atendimento permitido até a meia-noite.
Eventos que geram aglomerações (casas noturnas, shows de médio e grande porte, competições esportivas com público, etc) continuam proibidos – com possibilidade de reabertura condicionada aos resultados de eventos modelo sob supervisão das autoridades de saúde e averiguação pelo governo. Taboão tem registrado casas noturnas abertas com grande número de pessoas reunidas – em menos de um mês, duas foram interditadas.
Também seguem liberadas as celebrações em templos e espaços religiosos, sob distanciamento e medidas de higiene. A partir de domingo, os parques urbanos e unidades de conservação estaduais reabrirão em horário integral. O governo também confirmou o fim do toque de recolher durante as madrugadas. O Estado continua a recomendar escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.
As novas regras vão valer entre os dias 1º e 16 de agosto. Se a contenção da pandemia e os reflexos da vacinação continuarem positivos, o Estado já planeja avançar da fase de transição para a etapa de retomada segura a partir de 17 de agosto. A expectativa é eliminar todas as restrições de horário e liberar atendimento presencial com capacidade de 100%, mas com manutenção das regras para máscaras, distanciamento e protocolos de higiene.
As prefeituras continuam com autonomia para determinar rigidez de restrições se as circunstâncias locais e capacidade hospitalar piorarem. As permissões anunciadas nesta quarta foram balizadas pelo atual cenário do controle da pandemia em São Paulo. Indicadores da Secretaria da Saúde mostram reduções consistentes nas médias diárias de casos (-20,6%), internações (-18,3%) e mortes (-9,6%) por covid-19 em todo o Estado.
São Paulo vem registrando quedas sucessivas nas internações de pacientes com coronavírus em enfermaria e UTI. A taxa estadual de ocupação de leitos de UTI covid-19 está em 54%. Na Grande São Paulo, o índice é ainda mais baixo, de 49,64%. Segundo o governo, a campanha de vacinação em São Paulo já protegeu 75,9% da população adulta com ao menos uma dose. O esquema vacinal completo já foi aplicado a 27,2% dos adultos no Estado.
“Continuamos, de forma segura, flexibilizando e voltando ao normal. A vida está voltando ao normal no Estado de São Paulo. São Paulo teve queda substancial de casos, internações e, felizmente, de óbitos, porque aqui seguimos protocolos de saúde e a orientação da medicina”, disse Doria. Participou da coletiva o padre Júlio Lancellotti, que pediu a Doria para abrir estações do metrô para abrigar moradores de rua durante a onda de frio no Estado.