Taboão soma 6 óbitos por covid e supera 400 só neste ano; mais 3 morrem na UPA

Especial para o VERBO ONLINE

UPA Akira Tada, onde morreram mais 3 pacientes sem UTI - 118 desde o colapso na unidade, em 5/3; Taboão soma 761 óbitos por covid, 405 só neste ano | Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

Taboão da Serra registrou mais seis mortes por covid-19 nos últimos dois boletins e soma 761 vítimas, em escalada de casos fatais sem fim sob o governo Aprígio (Podemos). Na sexta (18) a cidade relatou um óbito e nesta segunda-feira (21), outros cinco – mas pode ter notificado no sábado e domingo, já que a gestão não divulgou informe pelo 13º fim de semana seguido. Em novo desalento, desde sexta, mais três pacientes morreram na UPA Akira Tada.

As seis novas vítimas de covid-19 entre moradores de Taboão (sexo, idade, comorbidades e local de óbito) são:
– 756ª – mulher, 56 anos, diabetes e hipertensão – Hospital Personal Cuidados Especiais (óbito 27/5);
– 757ª – homem, 46 anos, imunodepressão e doença renal crônica – Hospital das Clínicas (óbito em 31/5);
– 758ª – mulher, 59 anos, doença cardiovascular crônica e obesidade – Hospital Geral do Pirajuçara (óbito em 12/6);
– 759ª – homem, 61 anos, doença cardiovascular crônica – Hospital Estadual Mario Covas (óbito em 12/6);
– 760ª – homem, 43 anos, hipertensão – Hospital Leito de Embu das Artes (óbito em 4/6);
– 761ª – mulher, 44 anos, doença cardiovascular crônica e diabetes (óbito em 11/6).

De 760 vítimas (a 340ª não teve perfil relatado), Taboão relata a morte por covid-19 de 436 homens e 324 mulheres – 60 a 69 anos (226), 70 a 79 (175), 50 a 59 (124), 80 ou mais (103), 40 a 49 (80), 30 a 39 (35), 20 a 29 (nove), 0 a 9 (seis) e 10 a 19 (duas). O município tem taxa de mortalidade pela doença de 259,15 mortes por 100 mil habitantes, a mais alta da macrorregião (oito cidades) – o segundo maior índice local é de “apenas” 232,24 óbitos, de Cotia.

Taboão registra 25 casos por dia de média móvel nos últimos sete dias (175 no total), 1% a mais em relação à média de 14 dias atrás, de 24,85 (174 diagnósticos). E 2,57 mortes por dia (18 ao todo), 50% a mais do que a média há duas semanas, de 1,71 (12 vítimas). Dentro do limite de 15%, os novos casos estão em estabilidade. Depois da queda de 29% na sexta-feira, os óbitos voltam a subir, com consistência, com as novas baixas registradas.

As últimas três vítimas na UPA são um homem de 68 anos que morreu na sexta (18) – aguardava UTI desde o dia 14 -, uma mulher de 45 que faleceu no sábado (19) – tinha sido inserida na fila por UTI no dia anterior -, e uma mulher de 72 que morreu nesta segunda – chegou em estado grave, segundo a gestão Aprígio. Nesta segunda à noite, a UPA estava com 25 internados, 22 na enfermaria e três na emergência (nenhum intubado). Três receberam alta.

Nos nove meses de pandemia em 2020, no governo Fernando Fernandes (PSDB), Taboão registrou 356 mortes. Sob Aprígio, em cinco meses, já notifica 14% a mais – 405. O alto registro fatal neste ano se deve aos óbitos quase diários na UPA. Desde o colapso em 5 de março, 118 pessoas morreram na unidade sem UTI. A gestão considera 66, por contar só as vítimas que incluiu na fila, mas as demais poderiam ter sobrevivido com UTI à disposição.

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