Taboão registra mais 7 mortes por covid-19; UPA não tem óbitos há 2 dias, mas soma 93 em 2 meses

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UPA Akira Tada, que teve 93 mortes desde 5/3, ante 44 em 9 meses de pandemia em 2020; Taboão soma 686 óbitos e 14.734 casos desde advento da covid | Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

A Secretaria de Saúde de Taboão da Serra confirmou nesta sexta-feira (21) mais sete mortes por covid-19. O município soma agora 686 vítimas no total e já conta em maio 76 óbitos, somente um a menos do que o mês mais letal na pandemia inteira no ano passado, em junho, quando notificou 77. No entanto, Taboão atingiu as piores marcas neste ano, em março, com 83 vidas perdidas para o coronavírus, e abril, com a explosão de 124 baixas.

As últimas sete vítimas registradas entre moradores de Taboão (sexo, idade, comorbidades, local de óbito) são:
– 680ª – homem, 80 anos, sem comorbidades – UPA Akira Tada (óbito em 14/5);
– 681ª – homem, 42 anos, hipertensão – UPA Akira Tada (óbito em 14/5);
– 682ª – homem, 30 anos, doença cardiovascular crônica, diabetes e obesidade – Hospital e Maternidade Guarulhos (óbito em 6/4);
– 683ª – homem, 64 anos, doença cardiovascular crônica e diabetes – UPA Akira Tada (óbito em 14/5);
– 684ª – mulher, 62 anos, diabetes – UPA Akira Tada (óbito em 17/5);
– 685ª – homem, 57 anos, sem comorbidades – Associação Hospital Personal Cuidados Especiais (óbito em 26/3);
– 686ª – mulher, 62 anos, hipertensão – Hospital das Clínicas (óbito em 12/5).

De 685 vítimas (a 340ª não teve perfil relatado), Taboão conta a morte de 390 homens e 295 mulheres – 60 a 69 anos (202), 70 a 79 (166), 50 a 59 (103), 80 ou mais (97), 40 a 49 (73), 30 a 39 (29), 20 a 29 (sete), 0 a 9 (seis) e 10 a 19 (duas). O município tem taxa de mortalidade por covid-19 de 233,60 mortes por 100 mil habitantes, a mais alta da região (oito cidades) – a segunda maior é de 207,80 óbitos (Cotia). A taxa é acima inclusive da do Estado (231,19).

Na pandemia inteira no ano passado, em 283 dias (nove meses), Taboão registrou 356 mortes por covid-19, 1,3 por dia, sob o governo Fernando Fernandes (PSDB). Neste ano, na gestão Aprígio, em 141 dias (quatro meses), já acumula 330, 2,3 óbitos diários, na gestão Aprígio. Os óbitos registrados neste ano já representam 93% do total de 2020. Por outro lado, o município contabiliza 14.048 curados, 95% dos que se contaminaram com o coronavírus.

Com 14.734 infectados desde o início da pandemia, Taboão registra 30,71 casos por dia de média móvel dos últimos sete dias (215 no total), 7% a mais em relação à média de 14 dias atrás, de 28,71 (201). E 2,85 mortes por dia (20 ao todo), 50% a menos do que a média há duas semanas, de 5,71 (40 vítimas). Os novos casos estão em estabilidade. Os óbitos têm desaceleração, mas devido a patamares anteriores elevados – são quase três ao dia.

O alto registro de mortes neste ano se deve aos óbitos quase diários na UPA Akira Tada. Desde 5 de março, 93 pessoas morreram na unidade sem UTI – a mais recente na quarta (19), uma mulher de 72 anos que, segundo a prefeitura, chegou em estado grave. A gestão Aprígio conta 54 óbitos, por ter incluído as vítimas na fila por vaga, mas as demais poderiam ter sobrevivido com UTI à disposição. Na pandemia inteira em 2020 a UPA teve 44 óbitos.

Nesta sexta-feira (21), a UPA está com 29 pacientes internados, 18 em leitos de enfermaria e 11 na emergência, três intubados. Cinco receberam alta. A prefeitura conseguiu a transferência de uma pessoa para hospital com UTI por meio da Cross (central estadual de regulação de vagas), mas três doentes assistidos ainda aguardam leito intensivo. Os dois dias sem mortes na unidade de referência para covid-19 de Taboão são um alento, mas têm sido fato raro.

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