Aprígio reforma carreta no largo de Taboão e põe GCM como ‘segurança’ da base

Especial para o VERBO ONLINE

Base que estava no Marabá e foi recolhida para reforma é instalada no largo do Taboão, mas ainda não recuperada; GCM faz 'segurança' da carreta | Leitor/Verbo

ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra

O governo Aprígio (Podemos) está reformando a base de segurança tipo carreta, mas está realizando o trabalho em pleno largo de Taboão da Serra, onde ficará instalada. No mês passado, o prefeito chegou a dizer que o veículo ia voltar para o Parque Marabá, onde ficava antes de ser recolhido, em janeiro. Com a recuperação em praça pública, viatura com agentes da Guarda Civil Municipal tem de ficar no local para fazer a “segurança” da base.

Moradores procuraram o VERBO para questionar como a base ainda não estava reformada depois de quatro meses que foi recolhida para a Usina (Secretaria de Manutenção) e a “opção” de fazer a recuperação em praça pública para ocupar durante 24 horas efetivo da GCM que poderia estar em patrulhamento da cidade para combater a criminalidade, além da decisão de instalar a carreta em ponto não tão vulnerável de segurança.

A carreta foi colocada na entrada principal de Taboão na noite de terça-feira (18), apurou este portal junto a GCMs. Na quarta-feira (19), um morador enviou à reportagem fotos da base ainda sem nenhum sinal visível de melhoria, inclusive sem pintura, e questionou o estado da carreta. “Ela está em cima de uma praça sem estar reformada. Não tem lógica reformar em cima da praça. Tiraram a carreta estragada do Marabá e hoje está do mesmo jeito”, disse.

Outro morador criticou a presença de guardas para “cuidar” da base. “Se é para fazer ‘meia-boca’, pinta pelo menos por fora antes de pôr lá. Eles fizeram um escarcéu ao tirar do Marabá, mas está igual antes. O pior é ter uma viatura com dois GCMs em cima da praça cuidando de uma carreta que não serve para nada. Ela podia estar fazendo ronda, mas está cuidando de uma carreta fantasma, sem banheiro e água para os guardas”, declarou.

Nesta quinta-feira (20), após as críticas, a mulher de Aprígio, a vereadora Luzia Aprígio (Podemos), acompanhada do marido, fez uma postagem sobre a “visita” à base e a “ideia” do governo. “Hoje pela manhã acompanhei nosso prefeito Aprígio na visita a carreta de segurança que ficará na entrada da cidade, próximo ao Extra! A carreta recebeu reforma interna e em breve estará pronta para garantir mais segurança para nossa população!”, disse.

O VERBO esteve no largo nesta sexta-feira (21). Logo após a reportagem chegar, homens se aproximaram. Não fardados, dois foram apresentados como GCMs, por uma terceira pessoa, que “apresentou” a base e justificou a reforma em meio ao público. “Ela já está 80% concluída, só que essa parte não tem como fazer porque, no deslocamento, pode danificar as placas, tem que fazer aqui. A parte estrutural tem que ser no local mesmo”, disse.

Durante a presença da reportagem, trabalhadores executaram serviços de serralheria e fizeram encanamentos, em confirmação de que a carreta ficará fixa no local. “A estrutura foi toda refeita, banheiro, vestiário, sala de espera, cozinha. Vai ficar nova, nem vai parecer que é uma carreta. Vai parecer uma estrutura de alvenaria, vai tapar os vãos com jardinagem em volta. Dar mais qualidade aos guardas e para a cidade, ficar mais bonito”, acrescentou.

Ele comentou ainda que a escolha do local para a base não foi aleatória. “A secretaria fez um estudo, aqui é a entrada e a saída da cidade, [com grande] movimento de transeuntes, passa milhões de pessoas por dia, quem adentra e sai do município vê. Vai ficar bem ostensivo. A previsão é que em uma semana, no máximo, está pronta”, explicou. Indagado se era da empresa que executa a reforma, ele disse: “Eu presto serviço para o pessoal”.

No dia 29 de abril, o Marabá recebeu um trailer como base de segurança – que estava no CSU. Questionado sobre não ter devolvido a carreta ao bairro, Aprígio disse que ainda estava em reforma, mas, “possivelmente, depois a carreta volta para cá e esta vai para o CSU”. Moradores do Marabá apelidaram a base de “trailer de cachorro-quente”, pela estrutura inadequada. Procurado, o secretário-adjunto Ataíde Dacal (Segurança) não respondeu.

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