ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O vereador André Egydio (Podemos) disse em sessão nesta terça-feira (11) que a organização social que gerencia os pronto-socorros de Taboão da Serra, a SPDM, presta uma “porcaria” de serviço e “não vê a hora” que o governo Aprígio (Podemos) “troque essa empresa”. Presidente da CEI (Comissão Especial de Inquérito) – CPI – que apura os gastos na pandemia no ano passado, Egydio demonstrou parcialidade após definir a comissão como “técnica”.
Egydio, principal aliado de Aprígio, investiu contra a OS ao dizer ter recebido queixa de uma moradora de falta de médicos e medicamentos no Pronto-Socorro Antena. “Não é de agora que a gente sabe que há esses problemas com a SPDM. Eu não vejo a hora que o nosso prefeito, a nossa adminstração troque essa empresa”, disse. Ele falou, porém, que o governo, “por força maior”, renovou o contrato com a empresa por um ano até nova licitação.
“Caso acontença de a SPDM ganhar de novo, que o governo passe a limpo a questão da saúde. Na saúde o dinheiro é muito grande para se poder prestar essa porcaria [de serviço] que está sendo feito pela SPDM. Estamos dando um pouquinho de linha para essa empresa para ver se se encaixa, se melhora”, enfatizou Egydio. Ele disse que “já ouviu falar, é cantado desde a outra administração quanto se gasta [com a OS], quase R$ 7 milhões por mês”.
Egydio disse que a OS é “abastecida” com contrato alto para tomar conta dos pronto-socorros, “mas para prestar um serviço decente”. “Nosso orçamento é de quase 32% para a saúde, não podemos entender porque essa empresa ainda presta esse tipo de serviço. Os médicos em plantão têm que ser o suficiente para atender a população, eles sabem muito bem quando o fluxo é maior para poder colocar mais médicos e enfermeiros”, disse.
Egydio avaliou que “o pior é a falta de atendimento, nem é o mau atendimento”. “SPDM, toma juízo, coloca [sic] as pessoas necessárias para o bom atendimento da nossa população, senão a porca vai torcer, entendeu? […] A CEI não está exclusiva para o ‘covidão’, e sim também para olhar, se necessário, a SPDM”, declarou. Apesar das “ameaças”, ele nunca propôs uma investigação contra a OS, mesmo quando integrava “bloco independente”.
O presidente teria indicado que a CEI visa a substituição da gestora dos PSs. Conforme apurou o VERBO, a comissão foi criada após “orientação” do principal secretário de Aprígio, Mario de Freitas, que disse que a SPDM atrapalha o governo na gestão da saúde, em indicação de interesse na troca da empresa. Há suspeita de que a gestão Aprígio articularia a substituição da SPDM por uma OS que não tem capacidade técnica na saúde.
