Ney apela ao marketing e faz Embu ser o que menos vacinou em relação à população na região

Especial para o VERBO ONLINE

Com o vice, Ney acompanha vacinação no estádio Hermínio Espósito; com vacinação em 3 postos volantes e uma UBS, Embu é 'lanterna' contra covid | Divulgação

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes

Quase quatro meses depois do início da imunização contra a covid-19 (em 20 de janeiro), Embu das Artes é o que menos vacinou em relação à população na região – é o último entre as oito cidades locais. No ranking do Estado, entre os 645 munícipios paulistas, Embu figura nas últimas posições, é o 625º colocado, com vacinação de 32.873 pessoas com a primeira dose, apenas 11,9% dos moradores. Receberam a segunda aplicação 17.790 munícipes.

Embu está quatro posições atrás de Embu-Guaçu (621ª – 8.411 vacinados com a primeira dose, 12% da população imunizada), oito atrás de Itapecerica da Serra (617ª – 21.725, 12,2%), 28 atrás de Vargem Grande Paulista (597ª – 7.328, 13,7%), 34 atrás de Cotia (591ª – 5.198, 16,4%), 53 atrás de Taboão da Serra (572ª – 42.454, 14,5%), 124 atrás de Juquitiba (501ª – 5.198, 16,4%) e 175 posições atrás de São Lourenço da Serra (450ª – 2.796 vacinados, 17,5%).

Embu é “lanterna” na região, entre outras possíveis razões, por estratégia errada. Em vez de vacinar nos 16 postos de saúde da cidade, nos bairros dos moradores, o prefeito Ney Santos (Republicanos) optou por postos volantes – poucos. Até o início de março, o governo vacinava no parque Francisco Rizzo (centro) e em apenas uma UBS, a do Jardim Independência. Depois, o governo passou mais de 20 dias com vacinação apenas no parque Rizzo.

No dia 27 de março, o governo começou de novo a vacinar na UBS Independência e no estádio Hermínio Espósito (centro), mas ainda em apenas três locais – e só em um na região mais populosa da cidade. Somente há 15 dias, no dia 26 de abril, abriu outro ponto, no ginásio Dom José. Foi uma “escolha”. Ney preferiu os postos volantes para explorar politicamente a tão esperada vacinação – já que não conseguiria fazer “marketing” na porta das UBSs.

O governo Ney, por outro lado, adota a falta de transparência para evitar questionamentos sobre o atendimento na pandemia ao não emitir boletim diário da covid-19 não informar o perfil dos óbitos e número de internações. A gestão divulgou o último informe na sexta (7). Na prática, Ney informa 133 casos e 13 mortes a menos que o real. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, Embu registra 8.167 casos e 347 mortes, 16 a mais em uma semana.

Embu registra 25,71 casos de covid-19 por dia de média dos últimos sete dias, 18% a menos do que a média de 14 dias atrás, de 31,42. E 2,28 mortes por dia (16 ao todo), 168% a mais ante a média há duas semanas, de 0,85 (seis). Os novos casos estão em queda. Os óbitos dispararam. A cidade tem taxa de letalidadede 4,2% – o Estado, 3,4%. Embu já notifica em maio 22 mortes, 42% do total de óbitos em abril passado, o mais letal na cidade na pandemia.

VEJA POSIÇÃO DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO NO RANKING DA VACINAÇÃO CONTRA COVID; EMBU É O ÚLTIMO

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