ADILSON OLIVEIRA
Especial para o VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
No dia em que a primeira morte de munícipe por covid-19 completou um ano, nesta quarta-feira (24), Taboão da Serra registrou mais três óbitos e soma 466 vítimas do coronavírus – caminha, a passos largos, para atingir 500 vidas perdidas. Nesta terça-feira (23), o município já tinha notificado uma morte. Taboão tem quadro dramático, a UPA Akira Tada está com 62 pessoas internadas, um recorde, 155% de ocupação – 22 pacientes estão em macas.
As quatro últimas vítimas da covid-19 (sexo, idade, comorbidade, local/hospital de óbito) entre munícipes são:
– 463ª – mulher, 83 anos, hipertensão sistêmica – UPA Akira Tada;
– 464ª – mulher, 68 anos, sem comorbidades – Hospital Geral do Pirajuçara;
– 465ª – mulher, 38 anos, obesidade – UPA Akira Tada;
– 466ª – homem, 62 anos, hipertensão sistêmica, diabetes e cardiopatia – Hospital das Clínicas.
De 465 vítimas (a 340ª não teve perfil divulgado), Taboão registra a morte de 261 homens e 204 mulheres. A faixa com mais mortes é a de 60 a 69 anos (142). Depois, a de 70 a 79 (121), 80 ou mais (74), 50 a 59 (62), 40 a 49 (35), 30 a 39 (16), 20 a 29 (sete), 0 a 9 (seis) e 10 a 19 (duas). A cidade tem taxa de mortalidade por covid de 158,69 óbitos por 100 mil habitantes, a mais alta da região disparado, e de letalidade de 3,6% – o Estado tem 148,85 e 2,9%.
Taboão registra 39,57 casos por dia dos últimos sete dias (277 no total), 74% a mais do que a média de 14 dias atrás, de 22,71 (159). E 2,71 mortes por dia (19), 17% a menos do que a média há duas semanas, de 3,28 mortes por dia (23). Os casos estão em alta. As mortes têm redução, mas devido à comparação com duas semanas atrás, quando explodiu o número de vítimas. Porém, os óbitos estão em patamar elevado, de quase três vítimas diárias.
Dos 62 internados na UPA, 43 estão em leitos de enfermaria e 19 na emergência – 12 intubados. Dois pacientes tiveram alta. Porém, a UPA teve nesta quarta o óbito de duas mulheres de 52 e 55 anos e de um homem de 72, que serão computados nos próximos dias. A mulher de 55 e o homem morreram à espera de leito de UTI. A mulher de 52 chegou em estado grave e nem foi inserida no sistema de transferência. Dezoito já morreram à espera de UTI.
Uma mulher de 84 anos foi o primeiro óbito de Taboão por covid-19, em 24 de março de 2020. O Estado informou que a vítima tinha doenças preexistentes, ao citar que “pessoas com comorbidades e idosos configuram grupo de risco”. Taboão tinha só dois casos. Porém, o então prefeito Fernando Fernandes (PSDB) anunciou providenciar mais 40 leitos para “aumentar a nossa retaguarda, complementando assim os serviços da UPA e do PS do Antena”.
