RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Taboão da Serra
O governo Aprígio (Podemos) emitiu nota na tarde desta quinta-feira (28) sobre o episódio, revelado pelo VERBO, de um guarda civil municipal de Taboão da Serra ter sido vacinado contra a covid-19 sem ser dos primeiros grupos prioritários para imunização, profissionais de saúde e idosos em asilos. A gestão diz que o prefeito e o secretário de Saúde “desconhecem toda e qualquer aplicação da vacina” fora do cronograma e que o GCM será afastado.
“A Prefeitura de Taboão da Serra através do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 esclarece que o prefeito José Aprígio da Silva e o secretário de Saúde José Alberto Tarifa desconhecem toda e qualquer aplicação da vacina contra a COVID-19 que esteja em desacordo com o cronograma dos grupos prioritários estabelecido pelo Ministério da Saúde e pelo Governo do Estado de São Paulo”, diz nota, enviada à imprensa após a repercussão.
O governo se refere à reportagem deste portal. “Diante do exposto na mídia regional, a administração solicitou à Secretaria de Assuntos Jurídicos a abertura de Sindicância para apurar possíveis irregularidades na aplicação da vacina contra a COVID-19 e o Guarda Civil Municipal envolvido será afastado de suas funções. O governo municipal não compactua com ações em desacordo com o calendário vacinal que será cumprido rigorosamente”, finaliza.
Na nota, a gestão Aprígio não faz menção ao secretário de Segurança, Rodrigo Falcão, que, segundo a denúncia, acompanhou a vacinação do GCM e o incentivou a se imunizar ao dizer que “a GCM no Taboão é prioridade”. Procurado, Falcão preferiu o silêncio. Tarifa, que já tinha sido contatado pela reportagem sobre o episódio, confirmou que Taboão está vacinando primeiro só os grupos prioritários preconizados pelos planos de imunização.
O secretário disse não ter conhecimento sobre o GCM ter sido vacinado contra a covid na frente. “Não tenho essa informação”, declarou Tarifa. O secretário Mario de Freitas (Governo) também foi procurado antes da publicação da reportagem. “Se aconteceu, vamos tomar as providências cabíveis”, disse. “Procedimento de investigação, sindicância e processo administrativo. Inclusive com possibilidade de afastamento dos envolvidos”, completou.
