SP entra na fase vermelha às noites e fins de semana; aula presencial é suspensa

Especial para o VERBO ONLINE

Doria, que decretou fechamento de atividades não essenciais das 20h às 6h na semana e o dia inteiro no sábado e domingo devido à gravidade da covid | Gov. SP

ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em São Paulo

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (22) o endurecimento da quarentena devido ao agravamento da covid-19 no Estado e determinou que a partir de segunda-feira (25), em todas as cidades paulistas, bares, restaurantes e comércios e serviços não essenciais (como shopping centers e salões de beleza) fechem às 20h e só reabram às 6h de segunda a sexta – espécie de toque de recolher – e não funcionem em fins de semana e feriados.

Na Grande São Paulo, que inclui os municípios da região, os primeiros dias apenas com atividades essenciais funcionando serão 30 e 31 de janeiro, o primeiro sábado e domingo depois da vigência das novas restrições. Na segunda, a cidade de São Paulo também terá fechamento de atividades não essenciais a partir de 20h, apesar de ser feriado do aniversário da capital. As novas regras valem inicialmente por dos fins de semana, até 7 de fevereiro.

Todo o Estado vai regredir de fase a partir de segunda. A Grande São Paulo passará da amarela para a laranja, que prevê o fechamento de bares para atendimento presencial e funcionamento de restaurantes apenas até as 20h, com capacidade reduzida. O mesmo acontece com as regiões de Araraquara, São João da Boa Vista, Campinas e Baixada Santista. Bauru, Franca, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté passam da laranja para vermelha.

Já a região de Barretos vai direto da fase amarela para a vermelha. Marília já estava na fase mais restritiva e continua. No total, de acordo com o governo do Estado, dez regiões ficam na fase laranja, correspondentes a 78% da população. As outras sete, que abrigam 22% dos paulistas, entram na vermelha. Como uma das consequências da regressão de fases da quarentena, o governo anunciou a suspensão das cirurgias eletivas (não emergenciais).

O governador João Doria (PSDB) também determinou o adiamento da volta das aulas presenciais nas escolas estaduais para o dia 8 de fevereiro – estava programada para uma semana antes, no dia 1º. No entanto, está suspensa a obrigatoriedade da presença dos alunos nas salas de aula enquanto o Estado estiver nas fases vermelha ou laranja. Antes, pelo menos um terço da carga horária deveria ser cumprido de forma presencial.

Mesmo com o adiamento, as escolas estarão abertas a partir do dia 1º para receber os alunos mais pobres. Mas a primeira semana será dedicada à formação dos professores e a comunicação às famílias sobre as medidas sanitárias para o retorno. Já as escolas particulares continuam autorizadas, pelo Estado, a retomar as atividades presenciais na primeira semana de fevereiro. A abertura, contudo, depende da decisão das prefeituras.

A aglomeração das festas de fim de ano fez com que a segunda semana de 2021 fosse a pior do Estado desde o início da pandemia, com pico de média diária de casos de covid – 11.300. Doria disse que tomou as medidas para “enfrentar a segunda onda da pandemia, especialmente na região metropolitana”. “Serão abertos 450 novos leitos de enfermaria e 306 de UTI em hospitais do Estado”, disse. Na região a ocupação de UTI é de cerca de 100%.

comentários

>