ALCEU LIMA
Especial para o VERBO ONLINE, em Embu das Artes
A Polícia Militar estourou na noite de quarta (22), no Jardim Fabiana, em Embu das Artes, uma fábrica clandestina que produzia armas de fogo que seriam fornecidas a uma facção criminosa, inclusive armamento com alto poder de destruição, o fuzil calibre .556, que pode atingir um alvo a mais de 500 metros de distância. Um sobrado simples na rua Cardeal escondia a metalúrgica do crime, que contava com maquinário pesado. Dois homens foram presos.
Após denúncia anônima, policiais da Rota chegaram ao endereço e viram o indivíduo descrito na frente do imóvel. Ele tentou entrar, mas foi abordado. Revistado, F.A.M. 34, apresentou um RG e portava outro documento que seriam falsos. Interrogado sobre o crime denunciado, ele teria confessado o nome verdadeiro, que era procurado pela Justiça e que no galpão teria equipamentos para fabricação de peças para armas de fogo de diversos calibres.
Os PMs entraram e encontraram várias máquinas usadas para fabricação de armamento, como um torno – de sete toneladas -, um torno mecânico, uma prensa hidráulica, entre outras diversas ferramentas. Indagado sobre a produção, ele contou que armas e outras peças estavam em um apartamento onde residia alugado pela facção, no Valo Velho (zona sul de SP), e que produzia para o bando – atuaria como armeiro (que projeta e fabrica armas).
No apartamento, os policiais acharam o fuzil, junto a manual para montar o armamento, diversas peças de armas, centenas de munições, estojos e dois frascos com pólvora. F. indicou outro homem como quem transportava as armas para a facção. Ele se passava como motorista de aplicativo e foi preso na zona sul da capital. Ambos foram levados à Delegacia Central de Embu, onde se descobriu que F. já era procurado pela Justiça por tráfico de armas.