RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em São Paulo
O governo João Doria (PSDB) anunciou nesta quarta-feira (24) a retomada gradativa das aulas presenciais nas redes públicas e privadas de ensino no dia 8 de setembro, daqui a pouco mais de dois meses. No entanto, o retorno vai depender da permanência de todas as regiões – e municípios – do Estado na fase amarela (fase 3) da regra estadual de flexibilização da economia, o chamado “Plano São Paulo”, por pelo 28 dias antes do início das aulas.
O governo informou que todos os municípios vão retornar às aulas no mesmo dia e, de acordo com o “Plano São Paulo”, na data escolhida o Estado estará há 28 dias na fase amarela. Na primeira fase de retomada das aulas, as escolas vão funcionar com até 35% da capacidade de alunos, respeitando o distanciamento de um metro e meio e com o uso obrigatório de máscaras por parte de professores, alunos e funcionários das unidades escolares.
“Construímos um plano com protocolos bem definidos de distanciamento social, monitoramento de saúde dos alunos, higiene pessoal e dos ambientes escolares, para garantir essa segurança, repito, nas escolas públicas municipais, estaduais e também a recomendação para as escolas privadas em todo o Estado de São Paulo”, disse Doria durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, na capital.
Os alunos que não comparecerem às aulas inicialmente continuarão exercendo suas atividades escolares remotamente por meio dos aplicativos “Centro de Mídias SP” e dos canais digitais 2.2 – TV Univesp e 2.3 – TV Educação. Na fase 2, até 70% dos alunos vão retornar às aulas presencialmente. Na fase 3, as escolas vão funcionar com capacidade total – esse é o estágio para a rede de ensino chamado pelo governo de “novo normal”.
De acordo com o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, para que o governo possa efetivamente reabrir as escolas públicas estaduais, é necessário atender critérios, como “ter todas as diretorias regionais de saúde [avaliadas] por dois ciclos, ou seja, cada ciclo de avaliação do governo do Plano São Paulo é de 14 dias”. “Então, durante dois ciclos, ou seja, 28 dias, temos que ter todas as diretorias regionais de saúde na fase amarela”, disse.
Soares, que participou do anúncio por videoconferência após contrair a covid-19, falou da impossibilidade da volta às aulas por região devido a “prejuízos de circulação de pessoas”. “Estudantes que estudam no interior e vêm para a capital e da capital que vão para o interior [causariam] trânsito gigantesco entre municípios, mesmo fora de suas regionais. Então, o retorno será junto, e esse retorno [acontecerá] somente após 28 dias dentro do amarelo”, disse.