Skaf diz que Alckmin é ‘invisível’ e fugiu de debater, mas crê em 2º turno

Especial para o VERBO ONLINE

ADILSON OLIVEIRA
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O candidato a governador Paulo Skaf (PMDB) disse em campanha na região nesta sexta-feira, dia 3, que o governador e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) evitou debater com ele propostas para governar o Estado e que a gestão do adversário legou às cidades do sudoeste da Grande São Paulo educação, transporte e saúde “ruins”. Em segundo nas pesquisas, ele falou que 40% dos eleitores estão indecisos e ter “esperança” de que haverá segundo turno.

“Eu tenho sentido, andando pelo Estado todo, que há uma vontade de renovação, e tem muitos indecisos, pesquisa espontânea mostra um índice bastante alto, quase 40%. As urnas vão surpreender”, disse Skaf em entrevista durante corpo a corpo em Embu das Artes. “No segundo turno, é frente a frente, eu e o governador, aí vamos conversar para valer, participamos de quatro debates, e ele não me fez pergunta, não quis me enfrentar nenhuma vez”, ressaltou.

Skaf mostra sua caricatura ao lado de artista, do prefeito Clodoaldo (esq.) e apoiadores no centro de Embu

Ele falou sobre Alckmin liderar nas pesquisas apesar dos “problemas” do Estado. “Ele é muito invisível. Se perguntarmos quem é o responsável pela segurança pública, as pessoas não sabem que é ele. Ele também é um especialista em pôr a culpa nos outros: a falta de água é culpa de São Pedro, na segurança, a culpa é da lei [seria branda contra menores infratores], a má qualidade da educação, é culpa do professor. Vai culpando todo mundo e se preservando”, disse.

Skaf disse que quando o eleitor enxergar que “ele [Alckmin] é o governador e o responsável por tudo, com segundo turno, a realidade vem à tona”. Ele, que tem se recusado a declarar apoio à presidenciável Dilma Rousseff, se esquivou se teria aproximação com o PT. “No segundo turno, há aproximação com o eleitor”, disse. Mas depois despistou e falou “que todos aqueles que quiserem nos apoiar, sejam bem-vindos, precisamos ganhar a eleição e mudar São Paulo”.

Indagado pelo VERBO sobre propostas para a região, Skaf listou que “a região tem escolas muito ruins, faltam escolas técnicas para formação ao povo, oportunidade de emprego, falta qualidade no atendimento de saúde, no transporte público”, e falta creche “em algumas cidades”. Ele disse que a falta de alça de acesso ao Rodoanel em Itapecerica da Serra “limita muito a região”. “Lamentavelmente, o Estado foi muito incompetente há muito tempo, falta tudo.”

Presidente licenciado do Senai, ele ficou constrangido com pedido de escola tecnológica e disse que, como candidato a governador, ter compromisso de implantar Etec (técnica estadual). “Aqui precisa ter uma”, disse, apesar de Embu já ter. “Todo mundo gosta de ter escola técnica na sua cidade”, esclareceu. Prometeu investir na região, independente da sigla do prefeito. “Sempre fiz o que devia ser feito e o correto. Não interessa partido, interessa no ano de eleição”, afirmou.

Skaf esteve em quatro cidades, primeiro Embu-Guaçu. “Estamos muito confiantes, sabedores de que a população está querendo mudança nos rumos do Estado”, disse o prefeito Clodoaldo Leite (PMDB), que criticou o “transporte caótico”, a falta de segurança e a educação – “os alunos passam de ano sem aprender”. Ele avaliou que a visita foi “um sucesso”. “Ele se encontraria com a terceira idade, mas a população veio toda e deu um abraço coletivo no futuro governador.”

Skaf se despede ao dizer ‘Pessoal, até o segundo turno’ ao encerrar campanha na região, em Taboão da Serra

Skaf fez depois campanha no centro de Itapecerica, ao lado do prefeito Amarildo “Chuvisco” (PMDB). Em seguida, no centro de Embu, conversou com comerciantes e moradores. Calvo, recebeu uma caricatura, mas brincou e disse que o artista primeiro desenhasse mais uns fios de cabelo. Ele foi recebido pelos vereadores Luiz do Depósito, candidato a deputado federal, e Rosana Almeida, ambos do PMDB. Também o aguardava o ex-prefeito de Taboão Evilásio Farias.

Skaf encerrou campanha na região no Pirajuçara, em Taboão, onde caminhou 200 metros da estrada Kizaemon Takeuti desde a divisa. Uma criança o abraçou e deu uma bala a ele, que ficou tocado. O corpo a corpo reuniu o ex-vereador Alexandre Depieri (PSD), candidato a deputado estadual, e militantes locais da UGT (União Geral dos Trabalhadores) – mas a direção declarou, de última hora, apoio da entidade a Alckmin. “Pessoal, até o segundo turno”, despediu-se Skaf.

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