Reintegração de terreno no Jd. São Luiz em Embu gera protesto com barricadas e ônibus vandalizados

Especial para o VERBO ONLINE

GCMs com armas de grosso calibre e escudo avançam sobre sem-teto em desocupação na r. Quênia; ônibus atravessado na av. Rotary, vandalizado | Reprodução

RÔMULO FERREIRA
Reportagem do VERBO ONLINE, em Embu das Artes

A reintegração de um terreno no Jardim São Luiz, em Embu das Artes, gerou protesto em que os ocupantes da área bloquearam a avenida Rotary e a rotatória na altura do Cemitério Jesuítas com barricadas e mandaram ônibus parar e passageiros descer, no fim da manhã desta quinta-feira (5). No cenário de caos na divisa de Embu com Taboão da Serra, no Pirajuçara, coletivos foram depredados – um chegou a ser incendiado, mas o princípio de fogo foi contido.

No terreno na rua Quênia, com dois prédios abandonados, os ocupantes montaram barracos de madeira. Vídeos mostram um trator derrubando as moradias, com guardas municipais de Embu com armas de grosso calibre em punho e escudo avançando sobre um grupo de sem-teto, e uma mulher passando mal. Eles denunciam truculência da GCM, que “queria dar tiro de borracha”. Um comboio de viaturas da GCM chegou pela avenida João Paulo I.

“O povo só quer moradia, está cansado de pagar aluguel”, gritou um rapaz. Dezenas de sem-teto, revoltados, jogaram pneus e lixo na rotatória e na esquina da Rotary com a avenida João Paulo I e puseram fogo – até placa de trânsito foi arrancada e usada no bloqueio. Após corre-corre e medo entre moradores e comerciantes, a Polícia Militar chegou e dispersou a multidão. O saldo foram pelo menos três ônibus com vidros quebrados – um foi atravessado na via.

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