O prefeito Engenheiro Daniel (União) apontou que não vai tolerar novo atraso em repasse financeiro a escolas conveniadas com a Prefeitura de Taboão da Serra, como aconteceu no fim do mês passado com uma creche do PAC (Programa de Atendimento à Criança) no Jardim Record, em advertência à equipe de governo, conforme apurou o VERBO. Ele disse que não é motivo para não fazer o pagamento em dia nem a “situação financeira difícil” da administração que herdou.
A mãe de uma criança no PAC Núcleo 22 de Setembro usou a rede social na terça-feira (3) para relatar que a escola telefonou para avisar que não receberia os alunos no dia seguinte por não dispor de merenda em razão do não pagamento do convênio pela prefeitura. A entidade confirmou o aviso aos pais e não funcionou na quarta (4). Na data, fez uma postagem em que explicou publicamente o motivo ao informar que o repasse da verba tinha sido feito naquela manhã.
De fato, conforme este portal noticiou, a prefeitura deixou de fazer o repasse à creche no prazo estipulado no contrato com os PACs, no penúltimo dia útil do mês – e regularizou quatro dias úteis depois, como confirmou a entidade, que voltou a atender normalmente na quinta-feira (5). A administração justificou ter atrasado o pagamento do convênio por conta da “situação financeira difícil em que foi recebida a prefeitura”, segundo descreveu um membro do governo.
Por outro lado, de acordo com apuração da reportagem, o governo estranhou que o PAC Núcleo 22 de Setembro, com 13 anos de contrato com a prefeitura, como observou o integrante, tenha suspendido o atendimento por breve atraso e sem dialogar com a gestão, enquanto as outras creches conveniadas “absorveram” o curto período sem pagamento. Considerou que nenhum prestador de serviço “deve parar com três ou quatro dias de atraso na situação em que vivemos”.
O VERBO recebeu uma denúncia de que o PAC 22 suspendeu as aulas mesmo com o estoque “lotado de alimentos”. A entidade negou. “Não há motivo algum para boicotes a esse governo, o que de fato ocorreu é que não tínhamos como oferecer as cinco refeições diárias aos nossos alunos, pois o repasse da verba não foi feita na data correta. Nosso estoque não está abastecido e não temos motivo algum para falarmos inverdades”, disse Gabriela (sobrenome não informado).
O prefeito reagiu ao caso. Segundo ainda levantou este portal, ele não ignorou o problema da “falta de dinheiro” da prefeitura. “Mas poderia ser evitado com gestão”, afirmou Daniel. Ele ainda teria tomado conhecimento do suposto boicote da direção do PAC 22, mas disse que eventual conduta “irresponsável” de entidade conveniada não é justificativa para o governo não cumprir a obrigação que tem. “Serve de lição para não atrasar mais. Isso não vai acontecer mais”, falou.