Governo federal lança campanha para vacinar alunos de 9 a 14 anos nas escolas públicas do país

Ministério da Saúde, por meio do programa 'Saúde na Escola', pretende atualizar a caderneta de imunização de quase 30 milhões de estudantes menores de 15 anos

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Ministro Padilha, secretária de Atenção Primária à Saúde, Ana Luiza Caldas, e o secretário-executivo do Conasems, Mauro Junqueira, no lançamento da ação | Walterson Rosa/MS

O governo federal lançou nesta quinta-feira (10) uma ação que visa atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes de todo o país. Parte do programa “Saúde na Escola”, a iniciativa começa na segunda-feira (14) e vai até o dia 25 em escolas públicas por todo o Brasil. Participarão 5.544 municípios, no total de 27,8 milhões de alunos em 109,8 mil escolas. De acordo com o Ministério da Saúde, é a maior adesão da história desde a criação do programa, em 2007.

As vacinas necessárias para a atualização da caderneta serão aplicadas por profissionais do SUS nas escolas ou as instituições de ensino levarão, com a autorização dos pais, os adolescentes menores de 15 anos até uma unidade básica de saúde (UBS) para receberem as doses. Serão aplicados imunizantes contra a febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV. A meta é vacinar 90% dos estudantes.

“A escola representa uma grande oportunidade para vacinarmos esse público. Estamos falando de crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos, faixa etária que, muitas vezes, frequenta menos as unidades básicas de saúde. Não é tão comum que pais ou responsáveis os levem até lá. Aproveitar o espaço escolar não apenas para divulgar, mas também, quando necessário, realizar a vacinação e promover a campanha é fundamental”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Para que a ação aconteça, o ministério destinou R$ 150 milhões, sendo R$ 15,9 milhões para os Estados e R$ 134 milhões, aos municípios. A partir deste ano, este novo método passa a ser reconhecido como estratégia específica de imunização. As doses aplicadas nas escolas ou encaminhadas pelas instituições de ensino devem ser registradas com a opção “Vacinação Escolar”. De acordo com a pasta, essa é uma forma de medir, de modo preciso, o impacto da iniciativa.

Ainda segundo o ministério, “com a adesão histórica de municípios no Saúde na Escola”, 4,3 milhões de estudantes passaram a ter acesso às ações de promoção da saúde e prevenção realizadas pelo programa desde 2022. Das 109,8 mil escolas participantes – que representam 80% das instituições da rede pública de ensino -, 53,6 mil têm maioria de alunos do Bolsa Família. Outras 2.220 unidades escolares estão em territórios quilombolas e 1.782 possuem indígenas incluídos.

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