O homem acusado de matar a tiros um agente da CET (Companhia de Engenharia de Trânsito) de São Paulo foi preso na quarta-feira (26) em Taboão da Serra. O criminoso abordou José Domingos da Silva para assaltar, no último dia 13 na rua Osíris Magalhães de Almeida, na região do Parque Chácara do Jockey (zona oeste de SP), próximo à divisa com Taboão. O suspeito foi identificado como Luan Schiavotto Gomes. José morava em Embu das Artes, no Jardim Vista Alegre.
O assassinato foi registrado pela câmera corporal do funcionário da CET, que estava na via pública em serviço. Conforme as imagens, o ladrão, de moto, apontou a arma e exigiu a aliança do agente – bastante violento, ele ameaçava atirar. José aparentemente não acreditou na abordagem. O criminoso estava disfarçado de entregador, com bolsa de entregas nas costas. “Aí, tira só essa aliança. Só a aliança. Só a aliança. Vai, caralho. Vai caralho”, disse.
“Calma. Tem certeza que você vai levar a minha aliança?”, disse o agente de trânsito. “Com certeza”, respondeu o ladrão. “Você acha que eu ‘tô’ brincando? Dá essa porra”, continuou. Depois de discussão, ele ameaçou: “Vou te atirar. Vou atirar na sua cara. Dá o bagulho”. José esboçou dizer que estava trabalhando e reagiu, quando o assaltante disparou várias vezes. A vítima foi atingida por dois tiros. Após matar o servidor público, o bandido fugiu sem levar nada.
A Polícia Civil localizou e prendeu o homem identificado como o assassino do agente no Parque Pinheiros. Luan estava na casa de parentes na rua Rosa Provencial Delgaudio. Ele teria tentado fugir por um escadão, mas foi detido. Ele já era foragido da Justiça por roubo no interior do Estado. Ao ser levado pelos investigadores, o ladrão frio e cruel, segundo a polícia, caiu sozinho, chorou e pediu a ajuda da mãe. Ele foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte).
José estava há 15 anos na CET e trabalhava no pátio do Campo Limpo (zona sul). O VERBO conversou com um colega dele. “Foi muito triste. Ele era adventista, praticamente pastor da igreja que frequentava. Era muito calmo. A gente se coloca no lugar, poderia ser eu”, disse ele, que foi ao enterro da vítima. Outros agentes também prestaram a última homenagem ao colega com viaturas em comboio. José foi enterrado no Cemitério Jesuítas, em Embu. Ele deixa mulher e quatro filhas.
> Colaborou a Redação