Uma mulher de 24 anos foi sufocada e morta carbonizada pelo próprio marido em casa na segunda-feira (17) em Embu das Artes. Paula Danielle Rodrigues da Silva é a vítima do crime bárbaro que chocou o município. Segundo informações, o agressor, Paulo Henrique Assis dos Santos, levou a esposa para o quarto, trancou a porta, estrangulou a jovem na cama e a deixou desacordada. Depois, pôs fogo no imóvel, na rua Lívio Abramo, no Jardim Sílvia (região central).
Uma câmera de segurança registrou a casa tomada pela fumaça e o próprio assassino trancando o portão e deixando o imóvel correndo após atear fogo. Em premeditação, ele teria comprado gasolina no fim de semana. Na hora do crime, a irmã de Paula Danielle estava na residência e tentou pedir socorro, mas não houve tempo. Ela estava com a filha do casal, de apenas 1 ano, mas as duas não se feriram. Na Delegacia Central Embu, a mãe da vítima estava inconsolável.
Paula Danielle queria terminar o casamento de 8 anos por traição do marido. Em um áudio, Paulo pede para se relacionar com uma amiga de infância dela às escondidas. A mulher estaria devendo R$ 100 para ele. Paulo se aproveitou e propôs a ela esquecer a dívida e ter um caso com ele, até ofereceu mais dinheiro. Mas a mulher contou à amiga sobre o assédio. Paula Danielle decidiu se separar, mas Paulo não aceitou e passou a fazer ameaças, até cometer o assassinato.
“Ele fez por maldade. Ela não queria mais ele dentro de casa porque ele deu em cima de outra mulher que era colega dele. E a menina chegou e falou para ela ‘seu marido está dando em cima de mim, está até mandando dinheiro para mim, quer sair comigo de qualquer jeito’. Ela mandou ele sair de dentro de casa, e ele falou que não saía. Se se separasse, ele matava ela. Ele botou fogo na casa e matou a menina mesmo”, contou Manuel dos Santos, padrasto da vítima.
Na fuga, o assassino se dirigiu à rodovia Régis Bittencourt e se jogou na pista. Ele foi atropelado, mas sobreviveu. Ele foi socorrido ao Hospital Geral do Pirajuçara, sob escolta policial. Ele vai responder por feminicídio, entre outros possíveis crimes. “Está na mão da Justiça, mas logo, logo ele está na rua, para fazer com outra mulher, com a filha de outro casal. Só ele ter lá bom comportamento”, protestou o padrastro. Familiares e amigos estão revoltados e pedem “justiça”.
Esse país já passou da hora de ter pena de morte só vovardia