Vereadores governistas dissidentes e da oposição de Embu das Artes foram impedidos de entrar em unidades básicas de saúde e no Pronto-Socorro Central e se depararam com a recusa de gestores de mostrar documentos e prestar informações sobre o atendimento e oferta de remédios, durante fiscalização surpresa, na segunda-feira (10). Eles ficaram indignados com o bloqueio de acesso e acusam o governo Hugo Prado (Republicanos) de falta de transparência.
Onze vereadores (nove que se declaram situação e os dois opositores do governo) travam uma dura queda de braço com o prefeito desde que Hugo e o então prefeito Ney Santos tentaram impor que os governistas votassem em Vanessa da Saúde (União) para presidente da Câmara, em 1º de janeiro. Um mês depois, na primeira sessão ordinária, na última quarta-feira (5), o grupo reafirmou a união e a independência perante o Executivo, com promessa de fiscalizar.
De acordo com os 11 vereadores, a fiscalização visava verificar as condições de atendimento à população, infraestrutura, fornecimento de medicamentos e a situação dos profissionais de saúde. O presidente da Câmara, Abel Arantes (SDD), que liderou a comitiva, disse que a vistoria foi motivada por denúncias recebidas sobre inúmeras irregularidades em várias unidades. Segundo eles, a ordem para barrar o acesso teria vindo diretamente da Secretaria de Saúde.
O presidente ressaltou que a fiscalização está apenas começando e prometeu rigor, ao dizer que a ação foi a primeira do que chamou de “Bloco dos 11”, “de fiscalizar, de fato, a cidade”. “A investigação vai ser longa, não será acelerada. Vamos trazer mais informações à medida que apuramos. Mas, a grosso modo, o que entendemos é que há muita coisa sendo escondida. O que estamos buscando descobrir é o que está sendo encoberto, o que há debaixo do tapete”, disse Abel.
Em balanço da “incerta”, ao lembrar que os vereadores apenas cumpriram a função constitucional de fiscalizar o Executivo, Abel disse que a resistência do governo Hugo Prado em prestar esclarecimentos foi reprovável. “Não conseguimos verificar tudo. Em algumas unidades, as informações não foram fornecidas”, criticou. “A maior pergunta é: o que estão tentando esconder? Mas nós vamos descobrir”, afirmou o presidente, em reforço das denúncias e suspeitas de má gestão.
Como já se “sabia” no meio político em Embu, com o impedimento da vistoria, Ney “blefou” em dizer não se preocupar ou aprovar que os dissidentes fiscalizem o governo do sucessor, ao atacar o grupo. “A melhor coisa que eles fazem é fiscalizar, estão ajudando o Hugo! ‘Vamos lá no Pronto-Socorro ver se os médicos ‘está’ dormindo’. Vai fazer um favor para nós irem ao Pronto-Socorro! Vai acordar, pôr os médicos para trabalhar”, disse, na derrota na eleição da Câmara.
Com a fiscalização barrada, o grupo dos 11 vereadores disse que vai levar o caso ao Ministério Público, com solicitação para que investigue a gestão da saúde na cidade. Eles estudam novas estratégias para garantir a verificação da situação do atendimento, entre elas a realização de fiscalizações conjuntas com órgãos estaduais e federais de controle, além da convocação do secretário municipal de Saúde, Egídio Malagoli Neto, para prestar esclarecimentos na Câmara.
Se tá escondendo e por que estão devendo vamos fiscalizar vereadores vocês tem direito de prestar esclarecimentos a população como pode uma gestão desse prefeito hugo e ney