O prefeito Engenheiro Daniel (União) apresentou nesta segunda-feira (13) 20 ônibus 0 km que passam a integrar o transporte municipal de Taboão da Serra – dez da Viação Fervima e dez da Viação Pirajuçara, do mesmo grupo empresarial detentor do serviço na cidade. Os carros não vão significar mais coletivos nas ruas, mas substituir os com mais de dez anos de uso. As empresas entregam os novos ônibus cerca de 15 dias depois do aumento da tarifa, de R$ 5 para R$ 5,80.
Os ônibus novos de cor branca e vermelha (Fervima) vão fazer as linhas Circular 2 e 4, e os de cor branca e verde (Pirajuçara), as linhas Circular 5, 6 e 9, e começam a operar nesta terça-feira. “[Oferecerão] Comodidade para o passageiro. Têm USB, ar condicionado. Só tínhamos 20 carros com ar condicionado [nas duas empresas], agora vai ter 40”, disse o diretor operacional da Pirajuçara, Maurício Dovalibe. Apesar de ter tomadas para carregar celular, os ônibus não têm wi-fi.
Daniel disse que a disponibilização dos novos ônibus foi definida ainda no governo Aprígio (Podemos) e que teve o papel de cobrar a entrega sem demora. “O nosso governo sempre vai ser pautado por muita honestidade e transparência. Este é um trabalho que foi iniciado pela gestão passada, e nós apenas cobramos, exigimos que a empresa fizesse isso o mais rápido possível. Esse mérito não é só nosso, é da gestão passada e estamos aqui concretizando”, disse.
“Nós fizemos uma ação efetiva, não somente para que entregasse estes 20 novos ônibus, mas que melhorasse a qualidade do transporte público local. E para melhorar, nada melhor que a troca de alguns ônibus que já não condiziam com a realidade da passagem atual”, afirmou Daniel. Ele admitiu que, mesmo com os coletivos 0 km, a população não vai se conformar com o aumento da tarifa. Porém, indicou que não é possível revogar o reajuste, aplicado por Aprígio.
“A gestão passada reconheceu uma passagem que não era nem R$ 5,80, mas próxima de R$ 8,30. A prefeitura paga um subsídio por essa passagem. Mas está desde maio sem repassar. O empresário não consegue aumentar [para a tarifa pedida], só que a prefeitura também não paga o subsídio. Estamos fazendo um estudo para ver se é possível diminuir ou não, mas não adianta diminuir a passagem e daqui dois, três meses os ônibus entrarem em greve”, disse Daniel.
“O nosso sonho é um dia ter um transporte público gratuito, mas hoje não é a nossa realidade, temos um longo caminho a percorrer”, ressaltou o prefeito. Sobre o passe-livre aos domingos e feriados, ele condicionou manter. “Agora, o ‘tarifa zero’ precisa funcionar. Não adianta ter uma tarifa zero e zero ônibus também [com demora de até 50 minutos]. Não adianta jogar para a população que temos ‘tarifa zero’ quando não conseguimos pagar o subsídio”, advertiu.
Questionado pelo VERBO se, até devido à tarifa reajustada, a entrega de 20 ônibus 0 km não seria pouco, Daniel concordou e prometeu a circulação somente de ônibus novos até 2027. “Acho também que é pouco. Isso é um trabalho que iniciou na gestão anterior. O nosso compromisso é que nos próximos 2 anos possamos fazer substituição de toda a frota que roda em Taboão da Serra, que são de 80 a 90 ônibus”, disse. Por contrato, a empresa diz pôr 86 coletivos nas ruas.
A moradora Rosângela Pereira aprovou a entrega dos ônibus 0 km, mas reclamou da demora. “A gente vive quase mais dentro do ônibus do que em casa, e quando tem ônibus novo fica melhor. Não vai ter mais ônibus, mas sendo de boa qualidade está ótimo. Tem vez que a gente fica meia hora, uma hora no ponto e pega um ônibus todo quebrado”, disse. Daniel prometeu fiscalizar a pontualidade “com rigor”. “Já estão sendo revistos os horários e períodos”, afirmou.
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