O guarda civil municipal de Taboão da Serra Felipe Gonçalves Roque morreu na noite desta quinta-feira (2) em um acidente de trânsito no Campo Limpo (zona sul de SP). Ele estava de motocicleta e trafegava na avenida Carlos Lacerda quando perdeu o controle e caiu na pista. Na sequência, foi atropelado por um carro que passava pelo local. O motorista fugiu. O agente foi socorrido por uma ambulância do Samu ao Hospital do Campo Limpo, mas não resistiu aos ferimentos.
Felipe, de 40 anos, guarda desde 2013, teve uma ascensão funcional meteórica no governo Aprígio (Podemos). Ele foi subcomandante e apenas poucos meses depois, em fevereiro de 2024, foi nomeado comandante da GCM de Taboão, na gestão da secretária de Segurança Michele Santana. Com Felipe como chefe da corporação, GCMs foram acusados de racismo e agressões durante abordagem a um jovem negro, enquanto liberaram três colegas brancos do rapaz.
Antes de assumir cargos de comando, em abril de 2023, em caso com grande repercussão pública, Felipe, em patrulhamento de moto, com outro GCM, atirou à queima-roupa contra um homem acusado de roubo imobilizado, na então rodovia Régis Bittencourt na divisa com Embu das Artes. O suspeito morreu no hospital. Felipe foi retirado das ruas por Aprígio. “Quais crimes cometi? Estava no estrito cumprimento do dever”, disse ao VERBO. Ele ainda respondia a processo pelo fato.
Antes, por quase 2 anos, Felipe foi segurança do secretário Rodrigo Falcão, com atuação também controversa. Em setembro de 2021, ele auxiliou Falcão em uma operação no loteamento do Parque Laguna denunciada por famílias como truculenta, com ameaças de prisão, agressões a moradores e até tiro para o alto. Em fevereiro de 2022, em outra ação conduzida por Falcão, Felipe destruiu, ilegalmente, parte de um comércio considerado irregular, na região do Parque Pinheiros.
Felipe não atuou apenas em ocorrências inerentes à segurança. Ainda em 2021, ele, com outro GCM, tentou intimidar e atrapalhar o VERBO ao participar de reunião do Conselho Municipal de Saúde – ele e o colega sentaram atrás e ao lado deste jornalista, fotografaram e falaram alto quando este repórter fez simples perguntas ao conselho. Eles surgiram após pedido da então secretária-adjunta Thamires May – na reunião -, incomodada por questionamentos anteriores à gestão da pasta.
No entanto, Felipe encontrou este jornalista no mês passado, em duas ocasiões, em uma padaria no Jardim Maria Rosa, e conversou amistosamente. Ele admitiu não ter gostado das reportagens quando foram publicadas, mas disse entender o papel da imprensa e falou que as divergências com o repórter deste veículo “eram política”. Apesar de ter ações contestadas, inclusive dentro da corporação, ele também era reconhecido pela atuação em defesa da causa animal.
O prefeito Engenheiro Daniel (União) expressou pesar pelo fato. “É com imensa tristeza que recebemos a notícia do falecimento do nosso ex-comandante da GCM, Felipe. Um líder dedicado, que marcou a história da nossa Guarda Civil Municipal com sua competência, compromisso e amor pela segurança de Taboão da Serra. Hoje, nossa Guarda está de luto. Perdemos não apenas um grande profissional, mas também um amigo e exemplo de dedicação ao serviço público”, disse.
Sr não seja injusto !! Como bem disse ao encontrar com o Senhor ele foi amistoso pois este jornal é político e parcial todas as ações do Felipe foram legítimas e legais no estrito cumprimento do dever legal. Vocês deveriam respeitar ele pelo menos no momento de sua morte !!! Ele prendeu muito ladrão nessa cidade pra você vir falar de Aprígio vinculando ele. A cidade já tem um novo prefeito. Respeita as pessoas !!!!!
O VERBO faz jornalismo crítico. Nós respeitamos as pessoas em vida e morte, mas não brigamos com os fatos. No mais, respeitamos a opinião do leitor.