Daniel intercede só pela Cultura e diz que não vai se intrometer no ‘orçamento do Aprígio’

Ao VERBO, o prefeito eleito de Taboão disse que não foi nem determinação, mas um pedido, sobre maior recurso para pasta; 'É o governo do Aprígio, não é o meu', falou

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Daniel (União) no anúncio de secretários; prefeito eleito disse que não vai pedir mudanças no orçamento além da alteração 'pequena' em favor da Cultura | Ricardo Vaz/Divulgação

O prefeito Aprígio (Podemos) pôs menos dinheiro para duas pastas cruciais do Executivo em 2025 – Obras e Manutenção -, em “presente de grego”, mas Engenheiro Daniel (União) não vai se “intrometer” no orçamento municipal elaborado pelo grupo político que teve derrota acachapante nas urnas e está deixando o governo. O prefeito eleito não apelará aos vereadores por alterações para aprovação da lei orçamentária e só fez um pedido, em favor de uma secretaria.

Aprígio previu para Obras R$ 123,3 milhões – ante R$ 125,1 milhões para 2024 – e para Manutenção R$ 19 milhões (R$ 19.082.868,58) – contra R$ 33,7 milhões neste ano (redução de 43%). A secretaria que cuida da zeladoria da cidade é justamente aquela da qual Engenheiro Daniel já disse ter “ciúmes”, por ter despontado para a política após chefiar a pasta. Ontem, a Câmara suspendeu sessão até quinta-feira (26) às 14h e ainda não votou o orçamento de Taboão – de R$ 1,473 bilhão.

O próprio Engenheiro Daniel falou ao VERBO sobre o que achou do orçamento apresentado pelo adversário, com o qual vai começar a governar Taboão. Até pelo tom de voz, não escondeu a insatisfação com a previsão e indicação dos recursos. Na Câmara, vereadores da base aliada do futuro governo – eleitos na coligação de Daniel e parte de ex-“aprigianos” – condicionam a aprovação à disposição do prefeito eleito de “negociar” alterações para serem “atendidos”.

Indagado se deu “aval” para os vereadores aprovarem o orçamento, Engenheiro Daniel disse que não vai interferir e só fez defesa de mais recursos para a Cultura. “Eu nem vou me intrometer neste orçamento aí. A única coisa que eu pedi foi fazer uma alteração pequena lá, pedi para colocar mais um recurso em Cultura, que achei muito pouco”, disse. A pasta tem receita prevista de R$ 22,1 milhões (R$ 22.151.973,97), mas pelo menos R$ 10 milhões são de emendas não garantidas.

“Pedi para melhorar um pouco lá, tirando da Administração”, ressaltou Daniel. O futuro secretário de Cultura é o maestro Edison Ferreira, escolha unânime. O prefeito eleito demonstra disposição em investir em área historicamente pouco valorizada na cidade – principalmente no governo Aprígio, com “troca-troca” de cinco secretários diferentes – e não ter “ego” em cortar receita em pasta para a qual nomeou um “homem de confiança”, espécie de “supersecretário”, Adelço Bührer.

Daniel garante não ter feito aos vereadores mais nenhum pedido contrário ao orçamento posto, até para expor como “marca” da gestão do atual prefeito. “Mais nada. Não vou me intrometer nesse orçamento, não. E [a alteração solicitada] também não foi nem uma determinação, foi um pedido. Se eles acatarem, tudo bem. Se não, eu vou respeitar. É o governo do Aprígio, não é o meu. Assim que começar o nosso, aí sim a gente vai com mais afinco sobre isso aí”, declarou.

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