Mesmo com sete decisões contrárias nas três instâncias do Judiciário – duas até no Supremo Tribunal Federal -, o governo Ney Santos (Republicanos) apresentou um pedido de reconsideração contra a proibição à realização do Embu Country Fest, que ocorreria de 7 a 10 de novembro. A administração busca ainda realizar a festa, mas insiste com a alegação de que já pagou aos artistas, já rejeitada pela Justiça de Embu, na primeira decisão que impediu o evento.
A Justiça suspendeu o Embu Country Fest, no dia 5, ao acolher ação popular apresentada pelo morador João Caetano da Paixão e pelo vereador Abidan Henrique (PSB). A juíza Ana Sylvia Lorenzi Pereira identificou “fortes indícios de emprego irregular de verbas públicas” no evento, diante da “precariedade no serviço público municipal, em especial quanto à saúde”, “sobretudo com relação ao cachê pago aos artistas” – calculado em mais de R$ 2,2 milhões (R$ 2.229.000,00).
Com o Embu Country Fest barrado, o governo Ney pediu na terça-feira (12) à Justiça que reconsidere a decisão de proibir a festa ao argumentar que já gastou com o pagamento de cachês. A gestão buscou demonstrar que tentou reaver o dinheiro com os artistas, sem sucesso. “A Secretaria de Cultura se reuniu com os representantes dos respectivos prestadores de serviços a fim de, amigavelmente, recuperar os valores já desembolsados”, diz em solicitação à juíza.
“Nas tratativas lhe foi apresentada a possibilidade de reagendamento para a apresentação dos cantores e músicos. Considerando que os cachês já foram pagos antes da suspensão determinada e que a estrutura de som e iluminação já se encontram instalada no recinto da festa, é o presente pedido para pleitear à Vossa Excelência seja autorizada a realização do Embu Country Fest”, diz o governo, que chegou a indicar que o evento ocorresse neste fim de semana.
Mas, na própria decisão, a juíza já teria se antecipado à “tática” do governo para evitar pedido de proibição na Justiça. “Já adianto que, caso tenha havido adiantamento no pagamento aos artistas, nada muda sobre a determinação de suspensão do evento, apenas que será de responsabilidade do prefeito e município exigir a devolução imediata de qualquer valor repassado e, se necessário, adotar todas as providências judiciais necessárias à restituição”, advertiu.
Mesmo assim, o governo desobedeceu à decisão judicial. Um homem que se identificou como secretário expulsou o oficial de Justiça quando foi intimar o prefeito na festa. Em afronta maior, o Executivo ainda realizou o show no primeiro dia do evento, de Maiara e Maraisa, no dia 7. No sábado (9), o próprio Ney, em uma “live”, atacou a Justiça. “Sempre no final de semana eles param a festa. Leva a crer que realmente é premeditado para a gente não conseguir reverter”, disse.
Sobre o pedido de reconsideração, o Ministério Público foi procurado pelo governo. O MP pediu comprovação de que os artistas já foram pagos para melhor se manifestar. Escolhido a dedo, Marcelo Ergesse foi o secretário que “visitou” a Promotoria – advogado de longa data de Ney considerado “muito persuasivo”. O secretário Renato Oliveira já comemora a liberação do show, para o próximo fim de semana. “Por causa da sua fé, vai acontecer”, postou, sobre a “pressão” de Ney.
EM DECISÃO CONTRA EMBU COUNTRY FEST, JUÍZA ADVERTE QUE PAGAMENTO AOS ARTISTAS NÃO ALTERA ORDEM DE SUSPENSÃO
VEJA ‘LIVE’ EM QUE O PREFEITO NEY SANTOS ATACA A JUSTIÇA E OS AUTORES DA AÇÃO QUE LEVOU À PROIBIÇÃO DO EMBU COUNTRY FEST
Vídeo – Reprodução
bom dia fica muito dificil essa situção os profissionais da saude esta sem receber o salario estao sendo ameacado se realizarem algum tipo de protesto.. por favor ajude a gentem ps vazane ps central e upa .. nao tem dinhero para conduçao e para pagar aluguel .. agora vem fazer show.. oq eles pasa e que a juiza bloqueou as contas da prefeitura ..