O prefeito Aprígio (Podemos), de 72 anos, candidato à reeleição em Taboão da Serra, foi baleado, no ombro esquerdo, dentro de um carro, próximo ao Condomínio Jardim Iolanda, na divisa com Embu das Artes, nesta sexta-feira (18), por volta de 14h30. Segundo o governo, ele sofreu um “atentado”. O veículo em que Aprígio estava, oficial – identificado como de autoridade da prefeitura, com placa do Poder Executivo -, é blindado, mas a bala furou a proteção. Ele está estável.
Vídeos mostram Aprígio ensanguentado no banco detrás do carro após ser ferido e ao dar entrada, em uma cadeira de rodas, na UPA Akira Tada. Mas logo Aprígio foi levado, às pressas, ao Hospital Albert Einstein, no Morumbi (zona sul de SP) – ele deixou a UPA e chegou ao hospital consciente. Aprígio estava com o secretário de Segurança, Paulo Sérgio da Silva – que atua como segurança particular dele -, e um fotógrafo, além do motorista. Apenas o prefeito ficou ferido.
Aprígio estava na região para vistoriar abertura de retorno na avenida Aprígio Bezerra da Silva (nome do pai) – ex-rodovia Régis Bittencourt – quando um carro se aproximou. Do veículo partiram os disparos. Os criminosos alvejaram o Jeep onde estava Aprígio na roda, na lataria dianteira e rente ao retrovisor no lado do motorista, e só depois na janela traseira – ao menos cinco tiros. Os pontos visados indicariam que os bandidos quiseram parar o carro, e não atirar no prefeito.
A Polícia Civil encontrou no fim da tarde um carro queimado no Rodoanel em Osasco. O delegado seccional de Taboão da Serra, Hélio Bressan, disse que “tudo leva a crer” que o veículo, um Nissan March vermelho, foi usado no ataque ao prefeito. Uma cápsula de fuzil foi achada no automóvel – o armamento teria sido usado no crime pelo poder de transfixar carros blindados. Contudo, o vereador Anderson Nóbrega (PSD), governista, disse que o veículo suspeito era “preto”.
Indagado sobre a hipótese de crime político, o delegado não afastou nenhuma possibilidade, mas pediu cautela. “É um atentado, atiraram – ao que tudo indica, foi um fuzil, uma arma de grosso calibre. Mas a gente não sabe ainda”, disse Bressan. Mas auxiliares de Aprígio já citam a motivação. “Estamos combatendo [fazendo] uma campanha limpa, e desse jeito não dá”, disse o secretário Olívio Nóbrega, pai do deputado estadual Eduardo Nóbrega, candidato a vice de Aprígio.