Governo Aprígio não responde a reclamações e agride Verbo; Egydio chama site para evento na Câmara

Desde 2021, este portal enviou 100 e-mails, mas a Secom, de Landiva, só respondeu um; civilizado, Egydio convidou a reportagem para café da manhã uma vez por mês

Especial para o VERBO ONLINE

Secretaria de Comunicação, de Landiva, que atendeu o Verbo quase do lado de fora; Egydio recebe imprensa na gabinete, inclusive este portal (no alto, 2º à esq.) | Verbo/CMTS

O governo Aprígio (Podemos) tem como prática de “comunicação” não chamar o VERBO para entrevistas do prefeito e não responder a solicitações deste portal (entre outros órgãos de imprensa livres e não atrelados ao Executivo) sobre reclamações da população, e chega a agredir este portal. Já a Câmara Municipal, em postura oposta – civilizada -, dialoga e convida este jornal online para coletivas e até almoço, na presidência de André Egydio, do mesmo Podemos.

Aprígio tem como secretário de Comunicação Arnoldo Landiva, que não é jornalista e tem dificuldade no trato com profissionais de imprensa, considerado “prepotente”, como demonstrou no primeiro dia à frente da pasta. Na posse de Aprígio, em 1º de janeiro, Landiva – que é publicitário – teve a capacidade de interferir quando este portal entrevistava Binho da Saúde. Ele quis impor a “ordem” – pasme – à imprensa de que só ia falar com secretários mediante agendamento.

Em 2021, Landiva atacou este portal após ser questionado sobre a vacinação contra a covid-19. Ele tentou desqualificar este repórter ao dizer “você ficou de mimimi” e “não vou ser o único a ficar te dando audiência, até mesmo porque não sabe o que é isso”. Em 2022, ele teria, porém, criado atrito com uma jornalista da própria pasta, muito ativa, que acabou desligada da equipe. “Ela estava lá e foi embora. Não se deu bem com o secretário”, relata um jornalista da cidade.

Após março de 2021, o governo Aprígio não chamou o VERBO para nenhuma coletiva, incomodado com reportagens sobre nomeação de fraudador, descaso com paciente e assédio moral a servidores. Contudo, atrás de esclarecimentos para reclamações e denúncias, este portal procura a secretaria de Landiva desde janeiro de 2021, início da gestão. Em 2 anos e sete meses, enviou exatos 100 e-mails. A Secom só respondeu um, mesmo assim com demora de 24 horas.

Mas, apesar de não prezar pela transparência, Landiva não teria autonomia para “atender mal” e seguiria ordens, “orientado” pelo secretário Mario de Freitas (Governo), que é da área e já comandou a secretaria no passado. Segundo um veterano jornalista de Taboão, uma livre-nomeada ligada a Freitas alegou que a pasta não atende sites independentes – pasme – por conta de que o jornal do “amigo” não tinha, segundo ela, e-mails respondidos pela gestão passada.

Entretanto, Landiva voltou à berlinda. Ele pôs na folha de pagamento da prefeitura uma funcionária de sua empresa – para não pagar salário do próprio bolso. Ele mandava a livre-nomeada (LN) Bruna Mascarenhas da Silva ir à secretaria para fazer serviços privados da Agência Landiva. Mas, como mostrou este portal no ano passado, ela seria “fantasma”. “Sim, sim, trabalha com a gente. Só que ela trabalha de home office [de casa]”, contou um colaborador da agência.

No último dia 1º, o VERBO voltou à Secom para saber sobre a LN – que segue na folha da prefeitura. Ao contrário da ocasião anterior, quando não quis receber este portal, Landiva apareceu para atender, na porta, mas disse à reportagem que Bruna não ia falar, sem mostrar que ela estava trabalhando no local. Na saída, em situação emblemática da aversão do governo à imprensa livre, este repórter foi agredido fisicamente por um assessor próximo a Aprígio, Romeu Cruz Brito.

Diferentemente do tratamento dispensado pela gestão Aprígio – e por Landiva -, a Comunicação da Câmara chamou este portal para encontro com o presidente da Casa, logo depois, no dia 3. Inclusive, Egydio já chamou este repórter para um café com jornalistas, mensalmente, e na própria ocasião convidou para o almoço. Este portal não deixou de ser crítico. Questionou Egydio sobre o encontro ser um bate-papo quando o anunciado era uma entrevista coletiva.

Após acomodar o repórter no gabinete, confortavelmente sentado – em vez de falar com o profissional em pé e quase do lado de fora da repartição, como fez o secretário de Aprígio -, Egydio respondeu serenamente, até se desculpou. “Pedimos perdão. O importante é pedir perdão. E não vai faltar oportunidade. Uma vez por mês vocês vão estar aqui, tirando as dúvidas, as notícias vão estar mais próximas [frescas]. Então, convido todos a estarem no café da manhã”, disse.

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