O governo Aprígio (Podemos) disse nesta quarta-feira (19), em informe à imprensa, que a prefeitura de Taboão da Serra vai pagar o empréstimo de R$ 70 milhões obtido do Banco do Brasil para compra da área da antiga Niasi em 120 meses – dez anos -, com carência de 12 meses, em que no primeiro ano vai fazer “pagamento apenas dos encargos”. A gestão quer adquirir o imóvel para instalar a nova sede da administração (paço municipal). Ainda não fechou o negócio.
O secretário Antonio Rodrigues (Finanças) avalia que a prefeitura na pretendida área será um ganho. “Para os munícipes, vamos ter atendimentos em instalações mais adequadas, o Atende virá para nova sede, outros serviços que a prefeitura presta em prédios que por vezes não têm acessibilidade vão estar em lugar bem adequado do ponto de vista do espaço físico, da localização, paisagismo, e tem o verde em volta que vai ser preservado. Tudo o munícipe ganha”, disse.
Rodrigues observa que também “o servidor público vai passar a trabalhar em um local melhor adaptado para as necessidades do trabalho, em instalações adequadas”. “A cidade ainda vai ganhar com economia e eficiência, vamos deixar de pagar alugueis de imóveis que estão locados há décadas, economizar em energia elétrica, água, em logística, em internet. Vamos melhorar nossa rede lógica [sic] porque estaremos integrados num só local”, ressaltou.
“São ganhos diferentes, que justificam plenamente a operação de crédito para financiar essa nova sede administrativa, que é um marco, sem dúvida, na nossa cidade. O prefeito Aprígio deixará esse legado para os servidores, para a população, com economia, melhoria do gasto público e mais eficiência”, ressaltou Rodrigues. A Secretaria de Comunicação alegou que “o governo conseguiu junto ao BB uma das menores taxas do mercado”, sem informar quanto.
No entanto, Aprígio ainda não chegou a acordo com os proprietários sobre o valor da área e pode ter menos dinheiro para preparar o local – parte do empréstimo é para reforma. “Eles estão pedindo R$ 65 milhões. Eu pago R$ 63 milhões. Mas para finalizar [fechar], até R$ 65 milhões, eu pago”, disse ele ao “Jornal Atual” na sexta-feira (14). A reforma seria feita com R$ 5 milhões, em vez de R$ 10 milhões. “Mesmo que precariamente, eu vou mudar”, declarou, ao dar julho como prazo.